Lixo espacial da Starlink surpreende moradores de Rondônia com espetáculo nos céus
Nem meteoro, nem asteroide: o que foi visto nos céus em várias cidades de Rondônia na noite deste sábado (22) não passa de lixo espacial da empresa americana Starlink, do bilionário sul-africano Elon Musk. O fenômeno despertou a curiosidade de muitas pessoas.
Nas redes sociais, vários internautas de diversas regiões do estado registraram a queda do que sugeriam ser um “meteoro”. As postagens até incluíram narração e a trilha sonora do filme Interstellar, composta por Hans Zimmer. O g1 fez um compilado desses registros no link https://g1.globo.com/ro/rondonia/video/o-que-parecia-ser-um-cometa-surpreende-moradores-de-rondonia-12701770.ghtml
De acordo com o professor e astrônomo do Clube de Astronomia e Ciências de Rondônia (CAR), Ariel Adorno, acontecimentos como o do fim de semana são aleatórios e imprevisíveis, pois se trata de lixo espacial gerado após o lançamento de um satélite na órbita terrestre.
O professor explica que foi identificado como lixo espacial da Starlink através de monitoramento feito pelo CAR em conjunto com a EXOSS, uma organização que realiza um trabalho de “ciência cidadã” com o monitoramento de meteoros nos céus.
Asteróide ou cometa?
O astrônomo explicou que o asteroide é um objeto composto por minerais e objetos sólidos, produzidos logo depois do Big Bang. Por outro lado, o cometa é composto por água no estado sólido, o gelo.
“Conforme esses objetos passam próximo de alguns planetas ou estrelas, é natural soltarem partes. Eles são atraídos para a atmosfera devido à atração gravitacional desses objetos, no caso, nosso planeta Terra; em contato com a atmosfera, eles entram em combustão”, explica.
Os fragmentos de asteroide e de cometa, antes de entrarem em combustão, são chamados de meteoroides. Depois que a combustão acontece, passam a ser chamados de meteoros, que muitas vezes são visíveis a olho nu e, quando caem no solo, passam a ser chamados de meteoritos.
“Meteorito é o produto final da queima de asteroides ou fragmentos de cometas que caem no solo”, finaliza Ariel.
Fonte: g1