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Entenda por que o momento é de evitar a gravidez na quarentena

Com as novas orientações, muitos casais estão sendo instruídos a esperar para que tanto a mãe, quanto o bebê não sofram com a doença que pode levar à morte. A recomendação vem também para auxiliar em uma questão menos pessoal e mais coletiva: a quarentena.

Uma mulher que engravida precisa necessariamente sair de casa com uma certa constância para fazer exames, podendo enfrentar hospitais superlotados. Ainda que ela contraia a doença e não sofra com nenhum sintoma, pode acabar se tornando hospedeira do vírus e transmitindo para outras pessoas de seu convívio.

Vale ressaltar que, apesar das medidas serem estritamente preventivas – isto é, muito diferente de quando ocorreu a transmissão em larga escala, como a do Zika Vírus, que pode acarretar na microcefalia dos bebês -, ainda é muito cedo para saber com precisão se a Covid-19 é capaz de causar algum problema de saúde nos recém-nascidos.

Uma opção para quem já estava no meio do processo é realizar o congelamento dos óvulos e esperar para ter o bebê com segurança em um futuro próximo. Agora, para aqueles que ainda estão se organizando ou no início da técnica, o mais importante é ter certeza de que pertence ao grupo de pessoas que não pode esperar por alguma questão hormonal, por exemplo.

Você em primeiro lugar
Não há nenhuma dúvida de que centenas de milhares de homens e mulheres ao redor do globo sonham em ter o primeiro filho, mas é necessário pensar e, depois, repensar na decisão neste momento. Não só por uma questão de saúde pública, mas de bem-estar pessoal. Será que não há maneiras melhores de engravidar do que enfrentar uma gravidez na quarentena?

Gestantes enfrentam uma série de altos e baixos hormonais e emocionais que muitas vezes podem ser remediados com comidinhas gostosas, passeios diferentes ao ar livre e, claro, visitas aos médicos. Talvez seja uma boa ideia entender o quanto não estará perdendo desse período incrível para o casal caso opte por seguir adiante com as tentativas.

Projetos de leis
O incentivo para que os casais esperem por um momento mais adequado de realizar o sonho de ter um filho não tem partido só de médicos. Algumas deputadas têm criado projetos – sem data para serem votados – que visam a proteção da saúde delas nesse momento tão delicado.

Licença trabalhista para gestantes e puérperas – A proposta deste projeto de lei nº 1615/2020 criado pela deputada federal Marília Arraes (PT-PE) é que mulheres gestantes ou puérperas fiquem em licença trabalhista remunerada para que se não corram o risco de serem contaminadas com o vírus.

De acordo com a deputada, o projeto vem para “garantir a saúde e uma ajuda financeira destas mulheres. Elas serão afastadas do trabalho, mas terão todos os direitos assegurados enquanto a pandemia persistir”. É importante destacar que as puérperas já possuem este direito, embora ele nem sempre seja respeitado devidamente. Por isso a decisão de incluí-las neste novo projeto.

Métodos contraceptivos – Renata Souza, que é deputada estadual do Rio de Janeiro pelo PSOL, criou o projeto de lei (nº 2294/2020), para que métodos contraceptivos sejam disponibilizados de maneira mais ampla pela Secretaria de Saúde do Estado. A ideia é incluir na cartilha métodos anticoncepcionais de longa duração.

A proposta visa que menos mulheres engravidem durante a pandemia da Covid-19, evitando que entrem para o grupo de risco. Além disso, também propõe que as receitas médicas de contraceptivos possuam mais tempo de validade.

Vagas para parturientes em hospitais particulares – Renata Souza (PSOL-RJ) é autora de outros projetos de leis para a mulher. Entre eles, o de nº 2342/2020 que visa que parturientes da rede pública possam ser atendidas em hospitais particulares, sem custo, em estabelecimentos que encontrem menor risco de contaminação do novo coronavírus. A lei impõe a reserva de 30% dos leitos em maternidades particulares para as pacientes do SUS que sejam indicadas por seus médicos a não se exporem em ambientes de risco.

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