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É GOLPE! Heineken não está dando cerveja de graça para incentivar isolamento
O estado de isolamento social causado pela pandemia do coronavírus se tornou, mais uma vez, a arma de bandidos na prática de golpes online. E, desta vez, eles tentam pegar as vítimas pela sede, prometendo quatro barris de cerveja em nome da Heineken para quem estiver ficando em casa, bastando responder a um questionário rápido, preencher um cadastro e compartilhar a oferta pelo WhatsApp. Tudo falso e, pior ainda, abrindo a possibilidade para fraudes financeiras e disseminação da ameaça.
De acordo com dados do dfndr lab, o laboratório de segurança digital da PSafe, mais de 160 mil pessoa já teriam caído no golpe. Apesar de ele seguir as dinâmicas de outras fraudes do tipo, igualmente compartilhadas por mensageiros, a oferta tentadora e a identidade de marca utilizada indevidamente, bem como o apelo emocional, ajudam as pessoas a se tornarem vítimas.
O questionário pergunta sobre a idade do usuário e suas preferências cervejeiras, mas as respostas não importam, já que o que realmente interessa aos golpistas está na parte final. Independentemente de como responder, a possível vítima é “qualificada” para receber os quatro barris de cerveja desde que compartilhe a falsa promoção com 10 contatos no WhatsApp e dê permissões para receber notificações, o que o coloca na mira de mais tentativas desse tipo.
A Kaspersky também emitiu comunicado sobre o golpe e foi além, afirmando que, em sua etapa final, a fraude também induz o usuário a preencher um cadastro que registra seu número em serviços premium. Assim, o dinheiro é revertido do saldo de créditos ou da conta telefônica da vítima diretamente para os hackers, em um tipo de exploração que, normalmente, só é percebida bem depois que já aconteceu.
Outras práticas danosas também podem acontecer por estes meios. Ao acessar sites suspeitos como o que promete os barris de cerveja, o usuário pode ser induzido a baixar malwares para o celular ou simplesmente será bombardeado por anúncios cujos rendimentos vão para o bolso dos responsáveis pela fraude. É desnecessário dizer que a bebida nunca chega.
Emilio Simoni, diretor do dfndr lab, chama atenção para o fato de que a pandemia do novo coronavírus e o incentivo para que as pessoas fiquem em casa estão sendo cada vez mais utilizados como isca para enganar as pessoas. “As perguntas e o uso de marcas tornam o golpe mais convincente, mas, no fim, o real intuito dos atacantes é roubar dados pessoais e financeiros das vítimas ou levá-las a páginas falsas para visualizar publicidade excessiva”, completa o especialista.
A principal medida para evitar cair em golpes desse tipo é manter a desconfiança. Se uma oferta que chegou pelo WhatsApp parece boa demais para ser verdade, ela provavelmente é mentira. Evite clicar em links que chegam por e-mail ou mensageiros, mesmo que eles venham de fontes confiáveis, e faça pesquisas online que, normalmente, revelarão a existência de fraudes.
Além disso, vale a pena manter ativas e atualizadas as soluções de segurança no celular e computador. Nunca baixe aplicativos a partir de links recebidos ou sites suspeitos, e caso acredite que a comunicação que está sendo feita é real, entre em contato diretamente com a empresa em questão para verificar a veracidade da oferta.
