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Empresa inglesa lança jaqueta projetada para eliminar vírus e bactérias

Enquanto cientistas e pesquisadores estão em meio à corrida para erradicar o novo coronavírus, estudos da indústria da moda estão sendo direcionados a tecidos tecnológicos e acessórios utilitários. Um dos lançamentos mais recentes é a jaqueta Full Metal Jacket, desenvolvida para eliminar vírus e bactérias que estiverem presentes na superfície da peça. No entanto, ainda não há comprovação de eficácia contra a Covid-19.

Modelo corta-vento, térmico, no estilo bomber ou o clássico jeans. Essas são algumas das opções de casacos projetados para proteger o usuário. A empresa inglesa Volleback levou ao pé da letra a função inicial do item para dar proteção e produziu uma jaqueta que ajuda na eliminação de micro-organismos, após três anos de pesquisas e testes.

Com 65% de cobre em sua composição, a vestimenta inovadora recebe cerca de 11 quilômetros do metal entre as tramas do tecido. “A capacidade do cobre para conduzir calor e energia enquanto mata bactérias e vírus faz dele um potencial de primeiro elemento de construção para o futuro das roupas”, explicou a empresa em seu site.

A empresa destaca ainda que o cobre foi utilizado nos primeiros instrumentos médicos registrados no Egito Antigo, até as mais recentes ferramentas médicas desenvolvidas pela NASA. Metalizado, o modelo sinaliza para a indústria o potencial do cobre: libera íons quando micróbios tocam a superfície do metal. Carregados de eletricidade, os íons perfuram a membrana celular das bactérias ou alteram o revestimento viral e acabam destruindo os organismos.

Em relação ao novo coronavírus, a empresa afirma que ainda não conseguiu dar início aos testes. “Não temos um laboratório grande, não temos uma equipe de cientistas e não temos acesso à Covid-19; portanto, não podemos contaminar a jaqueta com o vírus para ver o que acontece”, contou Steve Tidball, cofundador de Vollebak, ao portal Wired. Um estudo recente publicado pela The New England Journal of Medicine comprovou a eliminação do Sars-CoV-2 em quatro horas após ser colocado em uma superfície de cobre.

Investigador em microbiologia, Bill Keevil estuda o potencial do cobre em destruir micróbios ou impedir o desenvolvimento dos organismos. O chefe do grupo de microbiologia da Universidade de Southampton, no Reino Unido, constatou em um artigo que, se algo cair no cobre, o metal terá uma atividade antimicrobiana. Mas, se o vírus for impedido por uma barreira permeável e não tocar o cobre, a ação não vai acontecer.

Sem garantia comprovada contra a Covid-19, a jaqueta está disponível no site da marca inglesa nos modelos Black Edition e Silver Edition, com investimento de US$ 1.095. Segundo a Volleback, o futuro da moda será construído a partir de roupas tecnológicas e resistentes a doenças.

A peça é revestida com poliamida, proporcionando impermeabilidade. O aspecto metalizado da jaqueta vai mudando conforme o tempo de uso. Dobras e o desbotamento gradual irão revelar o brilho do cobre. Além do design futurista, a jaqueta possui capuz e bolsos.

Roupas para o futuro

Não é a primeira vez que o cobre aparece nas tramas das roupas. No Japão, o material marca presença em meias que são usadas por atletas, graças à função antifúngica do metal. Enquanto isso, máscaras com os fios estão sendo comercializadas no Reino Unido, patenteadas pela Copper Clothing.

Já nos Estados Unidos, a Cupron utiliza nanopartículas de cobre em tecidos. A empresa têxtil fornece matéria-prima para a produção de roupas de cama para hospitais, além de uniformes e máscaras. A tecnologia também entra na composição das cuecas da Under Amour.

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