O presidente Jair Bolsonaro sugeriu nesta terça-feira (09/06) que deputados e senadores que defendem o pagamento de mais duas parcelas de R$ 600 do auxílio emergencial pensem na redução dos próprios salários para garantir os recursos. A ideia do governo é pagar mais duas parcelas da ajuda, mas com o valor reduzido pela metade, ou seja, R$ 300.
“A gente não tem como, cada parcela é um pouco mais de R$ 40 bi (impacto para os cofres públicos). Não tem possibilidade de a nossa dívida continuar crescendo dessa maneira. Então, a ideia da equipe econômica, a minha também, é mais duas parcelas, talvez de R$ 300″, disse o mandatário da República, ao final da reunião ministerial na qual o titular da Economia, Paulo Guedes, confirmou a intenção do governo em realizar o pagamento.
“Eu sei que tem parlamentar que quer mais duas de R$ 600. Tudo bem, se tivermos um programa para diminuir o salário do parlamentar pela metade. Grande parte do salário desses parlamentares será usada para pagar isso aí, tudo bem. Eu pago até R$ 1 mil por mês, não tem problema nenhum. Mas dizendo de onde vem o recurso. Não podemos nos endividar”, provocou o presidente.
Durante a reunião, Guedes confirmou a prorrogação do pagamento. Segundo o ministro, o governo passará, agora, por uma fase de “aterrissagem” e trabalhará sob a ótica de unificar programas sociais. “O mais importante são os próximos passos. O presidente já lançou, e comunicou isso, que por dois meses nós vamos estender o auxílio emergencial. Nós estávamos em um nível de emergência total a R$ 600, vamos começar agora uma aterrissagem, com a unificação de vários programas sociais, o lançamento do Renda Brasil”, indicou.
As três primeiras partes do benefício foram de R$ 600, cada.