Brasil

Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, é preso em Atibaia, interior de São Paulo

Uma operação conjunta entre o Ministério Público do Rio (MPRJ) e o de São Paulo (MPSP) prendeu, no início da manhã desta quinta-feira, o PM reformado Fabrício Queiroz. O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi encontrado em um imóvel de Frederick Wassef, advogado do parlamentar, em Atibaia, no interior de São Paulo.

O local onde Queiroz estava funciona como um escritório do criminalista que defende o filho do presidente Jair Bolsonaro no caso que apura suposto esquema de “rachadinha” de verbas do antigo gabinete do parlamentar na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A polícia precisou arrombar o portão e a porta da residência. O PM estava no local há cerca de um ano.
Preso, Queiroz foi levado ao IML da capital paulista, onde fez exame de corpo de delito. De lá, foi encaminhado para a sede da Polícia Civil e, por volta das 10h, decolou de helicóptero em direção ao Rio.
A ação para a prisão de Queiroz foi batizada de Operação Anjo e foi autorizada pela Justiça do Rio. Além da captura do PM, os agentes também cumpriram mandados de busca e apreensão em uma casa próxima de uma residência da família Bolsonaro em Bento Ribeiro, na Zona Norte, além de outros endereços.
O MPRJ também conseguiu a decretação de medidas cautelares que, além de busca e apreensão, incluem o afastamento da função pública, o comparecimento mensal em Juízo e a proibição de contato com testemunhas de quatro pessoas; são elas:
. Matheus Azeredo Coutinho: servidor da Alerj
. Luiza Paes Souza: ex-servidor da Alerj
. Alessandra Esteve Marins: ex-servidor da Alerj
. Luis Gustavo Botto Maia: advogado
Alessandra é atual assessora de Flávio Bolsonaro no Senado. Ela é lotada no escritório de apoio do senador que fica na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, com salário de R$ 8.996,28.
RACHADINHA
A prisão de Queiroz faz parte da investigação que apura um esquema de “rachadinha” na Alerj – desvio de dinheiro público através da devolução parcial de salário pago pelos assessores para o então deputado estadual. O PM também é investigado por lavagem de dinheiro em transações imobiliárias com valores de compra e venda fraudados.

Queiroz virou alvo do MPRJ após um relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) apontar uma movimentação atípica em sua conta de R$ 1,2 milhão.

Em abril do ano passado, a Justiça determinou a quebra do sigilo fiscal e bancário do PM, do senador Flávio Bolsonaro e de outras 84 pessoas.
Em dezembro, Queiroz e outros ex-assessores de Flávio já haviam sido alvos de uma operação de cumprimento de busca e apreensão do MPRJ.

O MEIA tenta contato com os citados na reportagem.
* Com informações do Estadão Conteúdo

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