Profissionais de saúde orientam o momento mais adequado para fazer o teste da Covid-19
Dúvida que demonstra ser recorrente nas pessoas que sentem os sintomas da Covid-19, o momento adequado de fazer o teste, acarreta várias idas às unidades de saúde, duplicidade de registros no banco de dados e pode induzir a falsos resultados. É o que apresenta uma breve pesquisa realizada pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Rondônia (Cievs), que já detectou até cinco notificações de uma mesma pessoa no sistema, o que também representa a busca incessante de algumas pessoas em confirmar ou descartar a presença do vírus no organismo.
Kerry Alesson, coordenador do Cievs, uma das gerências da Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa), diz que a busca por realização de exames gera notificações duplicadas, mas que estas são ajustadas na análise que os técnicos fazem diariamente no banco de dados. Afirma que no geral acontecem, porque a pessoa realizou o exame ou teste rápido em momentos que não condizem com o período de sintomas que cada um requer ou que não atende ao critério de testagem específico.
“Conversando com profissionais de saúde percebemos que há um certo desespero nas pessoas que tiveram contato com alguém positivo, ou que desenvolveu sintoma gripal. Nessa ansiedade, a pessoa não aguarda o período necessário e termina fazendo o teste rápido, às vezes no segundo ou terceiro dia com sintomas, o que provavelmente resultará num resultado negativo, porém, ele pode estar contaminado”, alerta.
TIPOS DE TESTES
Com o resultado e a persistência dos sintomas, muitos pacientes insistem na busca por um diagnóstico. Amanda Diniz, diretora executiva da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) esclarece que há dois métodos de realizar o exame para detectar a Covid-19, o RT-PCR (Biologia Molecular) e o teste rápido com as amostras por punção digital ou venosa. “O RT-PCR analisa o material genético (RNA) do vírus, já o teste rápido analisa os anticorpos, ou seja, uma resposta do organismo que teve contato com o vírus recentemente (IgM) ou há mais tempo (IgG)”, detalha.
De acordo com ela, um dos critérios que os diferencia é que cada um deve ser realizado com um determinado tempo de sintomas. “Para o teste rápido, por exemplo, é preciso que haja uma quantidade mínima de anticorpos que o teste consiga detectar. Por isso é necessário pelo menos sete dias após o início dos sintomas”, explica a diretora.
O teste rápido pode ser feito por punção digital, ou seja, uma furadinha no dedo com coleta de sangue ou venosa, neste caso é retirada uma quantidade maior de sangue, mas o momento de realização da testagem também deve ser no mínimo sete dias de sintomas. O resultado é emitido em alguns minutos.
Texto: Mineia Capistrano
Fotos: Leandro Moraes e Ítalo Ricardo