Homem que matou e queimou prostituta é preso pela polícia no MT
Weber Melquis Venande de Oliveira, condenado a 17 anos por assassinar a facadas e, em seguida, queimar o corpo da garota de programa Katsue Stefane Santos Vieira dentro do forno da pizzaria do pai, em 2012, foi preso nesta sexta-feira (24), em Cuiabá, após ameaçar colegas de trabalho da sua esposa com uma faca, no Hospital Santa Helena, e agredir com capacete pessoas que estavam em frente à unidade.
A Polícia Militar foi acionada e, ao chegar no hospital, o acusado já tinha fugido. Um funcionário contou que o homem chegou na tarde de sexta-feira ao hospital perguntando “Se tá bem? Se tá bem?” e, em seguida, começou ameaçá-lo com uma faca insinuando que estaria tendo um caso com sua esposa.
A vítima conta que quando a supervisora de recepção chegou, ele saiu correndo, com medo do acusado.
No local, a polícia disse que colheu informações de que o suspeito, antes de deixar a unidade de saúde, ainda agrediu e ameaçou médicos e enfermeiros, além de dar golpes de capacete em quatro pessoas que estavam em frente ao hospital.
À polícia, a mulher do acusado contou que seu marido tem ciúmes dela e, por esse motivo, foi até o local e ameaçou seu colega de trabalho e outros funcionários.
Por saber do histórico violento de seu marido, ela disse aos militares que não tinha interesse em representá-lo.
Os policiais verificaram que o acusado utiliza tornozeleira eletrônica e foram até o endereço dele.
Ao perceber a presença da polícia, Weber Melquis, que estava em frente ao bloco onde mora, correu para dentro de seu apartamento e se trancou. Os policiais deram ordem para que ele abrisse a porta, mas ele não cumpriu. Os policiais forçaram a entrada e prenderam o acusado sendo que foi necessário o uso da força proporcional e algemas, pois ele resistiu à prisão.
Ele foi encaminhado para Central de Flagrantes para o registro da ocorrência.
O caso
Em 2015, três anos após matar a garota de programa, Weber Melquis Venande de Oliveira foi condenado pelo tribunal do júri a 17 anos de prisão em regime fechado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver de Katsue Stefane Santos Vieira, 25.
Dois anos depois, o juiz Geraldo Fidélis Neto, da 2ª Vara de Execuções Penais de Cuiabá, autorizou que o ex-pizzaiolo cumprisse o restante de sua pena no regime semiaberto. Para conceder o benefício da progressão de regime fechado para o semiaberto, o magistrado considerou que Weber atingiu o lapso temporal necessário, além de manter “ótimo comportamento” na cadeia.