Isabele viu tiro antes de morrer diz neurocirurgião; confira
O neurocirurgião Wilson G. s N., amigo da família de Isabele Guimarães, de 14 anos, que morreu ao ser atingida por um tiro na cabeça, disse que encontrou o corpo da vítima com os olhos abertos, e portanto, ela teria visto o disparo à curta distância que a matou.
A morte ocorreu no último dia 12 julho, no condomínio Alphaville I, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá. A declaração foi dada durante seu depoimento, no dia 31 de julho, na Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), o qual o REPÓRTER MT teve acesso.
“O declarante notou que a vítima estava com os olhos entreabertos, característica não natural de um cadáver, isto é, a vítima se encontrava com os olhos abertos no momento do disparo”, diz trecho do documento.
Wilson era sócio do falecido pai de Isabele e é amigo de sua mãe, Patrícia R., há 17 anos. Patrícia ligou para o médico cerca de 22h12min, ele chegou ao local às 22h24min. Segundo o médico, ao chegar à casa dos Cestari estavam presentes o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), os moradores da residência e a mãe de Isabele, a polícia não havia chegado.
Na companhia do médico do Samu, Heitor, ele foi até o banheiro onde Isabele estava morta e viu que o lugar estava limpo, com pouco sangue para o tipo de ferimento que a tinha matado à adolescente.
No dia 31, na saída do seu depoimento, o neurocirurgião já havia afirmado à imprensa que a verdade viria à tona e muitas coisas seriam esclarecidas.
Relembre o caso
Isabele Guimarães morreu na casa da amiga, filha do empresário Marcelo Cestari, na noite do dia 12 de julho deste ano. As informações são que a amiga estava indo guardar duas armas e que em um acidente, as armas caíram e ao pegá-las uma disparou acidentalmente, acertando Isabele, que estava dentro do banheiro do quarto da amiga. O tiro acertou o nariz e saiu na nuca.
Na mesma noite, a Polícia Civil apreendeu sete armas na residência, sendo duas em nome de uma terceira pessoa. Por não ter o porte das armas, Marcelo foi preso em flagrante e pagou R$ 1 mil para ser solto.
As duas armas são do sogro da adolescente B.O.C. e foram levadas até a casa pelo namorado da jovem.
Veja trecho do depoimento: