Polícia

TRISTEZA: Adolescente morre após levar choque causado por carregador de celular

Um acidente elétrico, causado por um carregador de celular, tirou a vida de João Vitor Domat Remus, de 13 anos, que foi eletrocutado após tentar retirar o objeto da tomada, que estava sem um revestimento plástico, fazendo com o que o adolescente encostasse na parte metálica do aparelho.
De acordo com o jornal Extra, o caso ocorreu em Palmas, no Tocantins. João foi retirar o carregador da tomada, mas no movimento um revestimento plástico que envolve o carregador acabou se soltando, deixando a parte metálica exposta. Ao encostar no metal o adolescente recebeu a descarga elétrica.
João Vitor chegou a ser socorrido e levado para Hospital Geral de Palmas, onde ficou oito dias internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), mas não resistiu e faleceu, no dia 6 de agosto, por morte encefálica.
Uma imagem que circula na internet ostra o suposto carregador que teria causado o acidente e morte de João. O aparelho é falsificado e segundo Wesley Pinheiro, especialista em prevenção de incêndios e consultor de emergências, usar esse tipo de carregador gera grandes riscos.
O uso excessivo do celular fez com que crescesse o mercado paralelo de carregadores e baterias, não originais. Há um costume de comprar materiais e acessórios de segunda linha, o que acaba aumentando o risco que já existiria, em menores proporções, caso o carregador fosse original. O grande vilão é o carregamento de bateria”, disse Wesley ao Extra.
O especialista disse que, assim como no caso de João, a maioria dos acidentes ocorre com crianças pois não sabem como agir caso o parelho seja danificado.
A parte de plástica funciona como um isolante. Os dois contatos que transmitem a energia para o interior do equipamento ficaram expostos. Nesse caso, o certo era desconectar o carregador segurando na parte de plástico ou desligar o disjuntor antes de retirar da tomada, utilizando algum material não condutor, como um alicate com cabo de borracha, por exemplo. Encostar nos dois pinos é certeza de ser eletrocutado, o que acabou acontecendo. Crianças e adolescentes acabam pensando menos, tendo menos noção do perigo”, disse.
João Vitor Domat Remus
O adolescente era atleta de natação vinculado à Secretaria de Turismo e Lazer do Distrito Federal, local onde ele competiu pela última vez e morou, em 2018, antes de ir para palmas.
O Colégio Sigma, onde João estudava, lamentou a tragédia, ”É com muita dor que a comunidade escolar manifesta seu profundo pesar pelo falecimento do ex-aluno. Diretores, colaboradores, professores e colegas da escola se solidarizam com a família. Nós optamos por não nos pronunciar em respeito ao momento de sofrimento pelo qual a família está passando”, disse a instituição em nota.
Caso ainda em investigação
Segundo a publicação do Extra, o acidente foi registrado na 1ª Delegacia Especializada de Atendimento a Vulneráveis (DAV – Palmas) e “segue sob investigação para que seja apurado se houve possíveis responsabilidades”.

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