Policial militar de Rondônia aprende Libras para ajudar em abordagens a surdos e ganha destaque no Brasil
Nos últimos dias, o vídeo de uma abordagem policial em um bairro periférico de Porto Velho tem circulado em redes sociais. As imagens foram gravadas durante uma ação da “Patrulha Covid” da Polícia Militar de Rondônia, criada para combater aglomerações de pessoas, minimizando assim a disseminação do novo Coronavírus.
No vídeo, um dos membros da patrulha, o tenente Costa, fala com uma das pessoas abordas em Libras (Língua Brasileira de Sinais). O policial contou, em entrevista ao apresentador Luciano Huck, que durante a abordagem um dos rapazes apontou para o ouvido e para boca, indicando que era surdo. “Então eu comecei a conversar com eles [em Libras] e explicar que o Coronavírus é uma doença perigosa demais, e eu pedi para que eles fossem pra casa. Eles foram muito educados comigo e se retiraram de lá”, explicou o tenente Costa.
Na entrevista ao apresentador global, Costa revelou que começou a ter contato com os surdos em um curso de Libras oferecido por uma escola de Porto Velho, na qual uma amiga o matriculou. “Conforme eu fui tendo contato com os surdos, percebi que a comunidade surda é muito desassistida pelas entidades. É muito difícil a gente encontrar intérpretes, pessoas que consigam facilitar, praticar a acessibilidade com o surdo”, comentou.
Durante a entrevista, Luciano Hulk também perguntou ao tenente sobre a violência policial e a violência contra os PMs. Para Costa, quando um policial comete um erro, as pessoas não podem generalizar o ato e condenar toda a corporação. “A Polícia Militar é uma entidade séria, que está aí para ajudar toda a nossa sociedade, ela não está para prejudicar ninguém”, disse o policial, antes de se referir àa violência contra PMs: “Se acontece uma violência contra um policial, é como se alguém da nossa família estivesse sofrendo aquilo, aquele dano, aquele ataque”, diz.
Ainda sobre a violência contra a polícia, Costa, que está em missão contra crimes ambientais, citou que já aconteceram diversos ataques a agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), policiais militares e servidores da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam).
VEJA ABAIXO da abordagem e também o da entrevista à Luciano Huck.
Fonte: G1/Rondônia
Autor: Rogério Perucci