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Família recebe ligação durante cortejo e descobre que iria enterrar corpo errado

O corpo da agente comunitária SILVANA N., de 43 anos, que morreu de covid-19 na quarta-feira (26), foi trocado e a família só descobriu pouco antes do sepultamento, quando um parente recebeu uma ligação informando sobre a troca de cadáveres. Silvana morreu no Hospital Referência para Covid-19 em Cuiabá e como era de Primavera do Leste (231 km de Cuiabá), o sepultamento ocorreria naquele município. Na manhã de quinta-feira (27), familiares e amigos realizaram um cortejo, levando o corpo de outra vítima da covid.

Em nota, a Secretaria de Saúde de Cuiabá afirma que o erro foi da funerária. A nota explica que após a constatação do óbito, o corpo é colocado dentro de um saco impermeável, com o nome da pessoa fixado na altura do peito. “A responsabilidade de identificar o paciente que será levado é da funerária”.

O documento continua afirmando que “no caso em questão, a funerária entrou no necrotério e levou uma pessoa que não correspondia ao seu serviço”.

Silvana N. deu entrada em uma unidade de saúde no dia 14 de agosto. O caso se agravou e no dia 19 ela foi transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Cuiabá, onde permaneceu internada até o óbito.

A servidora atuava como agente comunitária há oito anos, em Primavera do Leste, e era uma das pessoas que estavam na linha de frente na luta contra o vírus. A vítima deixou o esposo e um filho.

Confira a nota da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá:

“-Existe um protocolo dentro do Hospital Referência COVID-19 para a liberação dos pacientes que foram a óbito. Após a constatação do óbito e de todos os trâmites legais, o falecido é colocado dentro de um invólucro impermeável, com seu nome afixado na altura do peito dele. Depois é colocado em um segundo invólucro, que também tem o nome do paciente afixado e levado para o necrotério.

-A funerária contratada pela família vai até o hospital para fazer a retirada do paciente que foi a óbito. O serviço de óbito do Hospital Referência tem a responsabilidade de abrir o necrotério para que a funerária entre e leve o paciente correspondente à sua prestação de serviço. A responsabilidade de identificar o paciente que será levado é da funerária.

-No caso em questão, a funerária entrou no necrotério e levou uma pessoa que não correspondia ao seu serviço.

-A Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá se solidariza com a família, que já passa pela dor do luto e que foi intensificada com este equívoco.”

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