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Veterinários de Rondônia são destaque em trabalhos de proteção ambiental e auxílio aos produtores rurais

O Governo de Rondônia celebra e homenageia nesta quinta-feira (9) todos os profissionais da medicina veterinária, para marcar a data dedicada a eles, numa manifestação de respeito aos mais de mil profissionais do Estado, que dedicam conhecimento e amor no trato com os animais, seja na proteção pura e simples contra os desastres ambientais, no contrabando ou na produção de alimentos da pecuária de pequena e larga escala.

Tido como um profissional sábio guiado pelo instinto natural de amor à natureza e aos animais, o médico veterinário, de modo geral, é o homem que conhece a linguagem e o sentimento dos bichos. Ele conjuga muito bem a necessidade de proteção com a importância da produção no universo dos animais de pequeno e grande portes, que têm finalidades de vida específicas e diferentes, mas tudo a depender do ato generoso do cuidar, próprio do profissional da medicina veterinária.

Além dos profissionais da Secretaria da Agricultura (Seagri), da Agência de Defesa Agrossilvopastoril (Idaron) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater), que concentra centenas desses profissionais espalhados por todo o Estado, com a missão de orientar e servir aos produtores rurais em suas demandas num campo, que tem atualmente mais de 14 milhões de cabeças de gado, de leite e de corte, e milhares de caprinos, ovinos, suínos e tantos outros, Rondônia ainda tem o segmento especial da medicina veterinária que atua diretamente na proteção dos animais silvestres, a cargo da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e da Polícia Militar, através do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), sediado em Candeias do Jamari.

PROTEÇÃO AOS ANIMAIS SILVESTRES

Devotado ao trabalho de recuperação dos animais silvestres, vítimas de contrabandistas e das queimadas criminosas que devastam as florestas, áreas degradas e pastagens do Estado de Rondônia, o sargento Marcelo Andreani, médico veterinário do BPA, em Candeias do Jamari, apresenta a preguiça Esperança, capturada em estado crítico numa grande queimada na região, que está aos cuidados do Batalhão Ambiental que está fazendo todo esforço para salvar sua vida.

Segundo ele, são entre 10 e 15 animais silvestres capturados ou recebidos mensalmente, que recebem todos os cuidados do BPA e, após a plena recuperação, são levados de volta para serem reinseridos ao habitat natural (floresta), de modo que possam retomar a vida e reproduzir.

“Nossa luta aqui é resgatar, curar e devolver à natureza”, disse Andreani, pedindo que as pessoas parem de considerar que os animais silvestres são bichos de decoração, e ativem a consciência da preservação.

Já a médica veterinária Márcia Gomes da Silva de Oliveira, da Sedam, aproveitou a homenagem prestada para estender agradecimentos, muitos especiais, segundo ela, a todos os profissionais da medicina veterinária do Estado de Rondônia, de Vilhena a Porto Velho, que a pedido ou voluntariamente realizam um importante trabalho de cuidado e proteção a animais silvestres vítimas de crimes ambientais e de contrabando, e que estão sempre prontos para colaborar.

Dedicada ao trabalho de preservação da fauna rondoniense, a experiente veterinária da Sedam, disse que o médico veterinário precisa ter um olhar clínico para identificar danos aos ecossistemas e microambientes de fauna. Márcia Oliveira afirma que ela mesma tem feito resgates de alguns animais silvestres, e que se tornou “mãe” de alguns filhotes que tiveram as mães retiradas do seu convívio. “Tenho aproveitado a presença de alguns filhotes para fazer educação ambiental e apresentar às crianças da comunidade, que talvez jamais teriam outra oportunidade de conhecer e aprender sobre a proteção dos animais”.

HISTÓRIA

Importa destacar que mesmo sendo uma das profissões mais antigas do mundo, com registro por volta de três mil anos antes de Cristo, na Mesopotâmia, com o primeiro profissional, um especialista na cura de animais, com o nome de Urlugaledinna, a profissão só foi reconhecida no Brasil em 9 de setembro de 1933, pelo presidente Getúlio Vargas, por meio do Decreto Lei nº 23.133, que regularizou a profissão e o ensino da medicina veterinária no País.

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