Polícia

Página na internet revela mercado da prostituição aquecido em Vilhena

Procurando traçar um perfil das pessoas que procuram serviços sexuais em uma famosa página virtual de acompanhantes para adultos em Vilhena, a reportagem do FOLHA DO SUL ON LINE conversou com três pessoas que possuem perfis no site, sendo uma mulher, um homem e um trans, que afirmaram que maior parte de seus clientes, são casados.

Para cada um dos jovens, com idades entre 21 e 24 anos, que se definiram como bissexual, hetero e trans, foram feitas 10 perguntas, sendo a primeira delas, se o ramo da prostituição é a única fonte de renda deles e qual motivo que os levaram a optar por esse trabalho.

Os três profissionais mantêm fotos e informações no endereço virtual, onde deixam seus números de contato, e é através deles que são procurados pela clientela.

De acordo com a jovem de 21 anos que está a três no ramo e se diz bissexual, esta é sua única fonte de renda e entrou para a prostituição após a separação dos pais, para não ver os irmãos e a mãe passarem por necessidades.

A jovem relatou ainda que viaja por várias cidades a trabalho, já tendo saído do Estado algumas vezes e que o lucro na maioria delas é “satisfatório”. Ainda segundo ela, maior parte de seus clientes tem faixa etária entre 20 e 50 anos e são homens casados, porém, a profissional também atende casais.

Por fim, a garota afirmou nunca ter sofrido nenhum tipo de violência por preconceito ou durante a prestação de seus serviços, mas admite que, se tivesse oportunidade, sairia da prostituição. Ela também diz que seus familiares sabem sobre o que faz, porém, preferem não tocar no assunto.

Já o transexual, de 24 anos, que também respondeu as mesmas perguntas, afirmou que entrou para a prostituição há oito anos, porque era o que dava dinheiro mais rápido na época e que sua clientela possui faixa etária entre 29 e 70 anos, sendo a grande maioria homens casados que afirmam querer quebrar a rotina e preferem agir como passivos.

Não apoiado pela família, o trans afirmou que já sofreu muito preconceito por parte da sociedade e já brigou com travestis por ponto de trabalho, mas que nunca foi agredido por clientes, e garante que se tivesse outra oportunidade, deixaria o ofício.

Por sua vez, o rapaz entrevistado, que se garantiu hetero e tem 22 anos, trabalha durante o dia no ramo da construção civil e alegou ter entrado para prostituição por gostar muito de transar.

O jovem que só atende mulheres e casais, disse que o lucro não é ruim e que seu público está entre 24 a 34 anos, sendo a grande maioria, no seu caso, de mulheres solteiras.

Sem intenção nenhuma de sair do ramo no qual está há seis meses, o jovem afirmou que sua família nem sonha que ele se prostitui.

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