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Quadrilha fazia ritual com mãe de santo para proteção; 3 morreram

O grupo criminoso que tentou roubar um carro forte no Atacadão em 2019, alvo de mandados de prisão nesta quarta-feira (23), tinha uma intercessora espiritual, conhecida apenas como “madrinha”. As informações sobre a investigação do bando, apontaram que a “madrinha” fazia rituais para garantir a integridade dos criminosos. O contato era com Luciaquino Quirino Serra de Paula, um dos mortos durante o assalto. Ele tinha uma relação forte com a orientadora espiritual, inclusive chegou a presenteá-la com um relógio, fruto de um roubo que realizou em uma joalheira no dia 1º de maio de 2019.

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Apesar de toda proteção, o criminoso e mais dois comparsas morreram no dia 10 de maio de 2019, durante confronto com a Polícia Civil, na tentativa de roubo ao veículo da Brinks, no atacadista.

Em conversas dias antes da ação, a madrinha diz para Luciaquino que sonhou com ele e com mulher extremamente brava com o mesmo, indicando que era uma visão de alerta.

“É uma morena do cabelo curto que eu vi, é uma mulher morena, da pele meio escura igual a minha assim mesmo, cabelo curto. Eu não sei se estou enganada, é uma visão, mas eu vi uma mulher muito nervosa neste estilo”, alerta a madrinha.

Apesar da ligação com Luciaquino, a madrinha não participou do crime e cuidava apenas da parte espiritual dele e seus comparsas, realizando trabalhos e orações de proteção aos bandidos.

Investigação

A GCCO deflagrou uma operação, na manhã desta quarta-feira (23), para cumprir três mandados de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão expedidos pela Terceira Vara Criminal da Capital. A ação é contra integrantes do bando que tentou roubar um carro forte da empresa Brinks, no supermercado Atacadão, no dia 10 de maio de 2019.

Os mandados foram cumpridos, sob comando da delegada Juliana Chiquito Palhares.

As investigações da GCCO apontaram que a funcionária da empresa estava fornecendo informações para o bando criminoso. Ela enviava fotos, dados sigilosos e localizações dos pontos de abastecimento de caixas eletrônicos de diversos clientes da empresa Brinks. A participação dela foi apontada desde o dia do crime, uma vez que as imagens das câmeras de segurança mostram ela praticamente indo ao encontro do bandido, que foi morto enquanto estava abraçado com ela e não atirou.

Caso

No dia 10 de maio de 2019, um grupo criminoso, fortemente armado, tentou atacar um carro forte da empresa Brinks, no momento em que os funcionários abasteciam os caixas eletrônicos do supermercado Atacadão, do bairro Tijucal. A GCCO teve uma reposta imediata, que terminou em confronto com os bandidos que atiraram contra os policiais civis. Três dos assaltantes morreram na troca de tiros. Nenhum cliente ou funcionário ficou ferido, durante a ocorrência.

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