RESSOCIALIZAÇÃO: Reeducandos atuam em diversas frentes de trabalho na região de Buritis
O Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) desenvolve importantes atividades na área do Centro de Ressocialização Jonas Ferreti, em Buritis, onde atua com a participação ativa de 42 apenados em várias frentes de trabalho, que vão de limpeza pública a pequenos serviços hidráulicos e elétricos em escolas instaladas no Município.
A ressocialização em Buritis, conforme explicações de Adil Miguel do Amaral Júnior, diretor-geral da instituição, é parte de um projeto maior desenvolvido pela Sejus, com parceria da Prefeitura Municipal, na execução de atividades importantes na gestão local, visando a melhoria da prestação de serviços à comunidade, ao mesmo tempo em que se apresenta ou se desenvolve como fator fundamental ao processo de recuperação social de um grande contingente de indivíduos privados de liberdade.
Neste projeto, que conta também e especialmente com a parceria do Poder Judiciário, Ministério Público Estadual, Defensoria Pública e do Conselho da Comunidade da Comarca de Buritis, pelo menos quatro vertentes vêm apresentando resultados muito satisfatórios. O Centro de Ressocialização Jonas Ferreti atua com 42 apenados na execução dos projetos Novo Olhar, Fábrica de Artefatos de Cimento, Marcenaria (fábrica de móveis e utensílios domésticos) e Missão Voluntária, todos com o objetivo de tornar melhor a vida do reeducando no ambiente prisional, além de se constituir benefício legal para redução de pena.
PROJETOS DE RESSOCIALIZAÇÃO
De acordo com o Centro de Ressocialização, o projeto Novo Olhar desenvolve um trabalho social importante na revitalização das ruas da cidade, nas escolas e órgãos públicos do Município de Buritis e região, onde os reeducandos atuam na limpeza e conservação das ruas e praças, na execução de serviços de jardinagem, com poda das árvores, pintura de meio fio, reformas em escolas e serviços de manutenção geral de órgãos públicos.
Pelo convênio firmado entre Sejus e Prefeitura, um total de 13 reeducandos do regime fechado atuam no projeto da Fábrica de Artefato de Cimento, na produção de blocos de cimento, manilhas e meio fios. Importa destacar que, além de meio fios, são produzidos diariamente três mil bloquetes e 30 manilhas, que são destinadas à Secretaria Municipal de Obras, para execução dos serviços de bloqueteamento, manutenção e conservação de ruas, e na manutenção das estradas vicinais, na construção de bueiros e pontes de Buritis.
O projeto da Marcenaria é outra vitrine do Centro de Ressocialização de Buritis. Nela atuam apenas quatro reeducandos do regime fechado, que têm a missão de produzirem uma variedade de móveis e utensílios domésticos, como cadeiras, mesas, armários, suportes e outros itens, geralmente adquiridos por terceiros. Ressalte-se que, com a renda desses produtos é pago mensalmente uma ajuda de custo aos apenados envolvidos, e outra parte é utilizada na compra de insumos para manter a marcenaria, como lâmpadas, limatão, herbicida para limpeza de mato, e até mesmo para suprir pequenas necessidades da unidade prisional.
Por fim, o projeto da Missão Voluntária parece ter um alcance social ainda maior, eis que, como bem é definido, é um projeto voluntário que se desenvolve apenas nos finais de semana para atender as escolas. Ao todo, são 10 reeducandos e outros voluntários que se dedicam nos finais de semana à execução de serviços especiais de limpeza geral, reparos elétricos e hidráulicos, serviços de pedreiro e pintura nas escolas estaduais e municipais, entre elas as escolas Abreu Bianco, Pedro Eugênio, Paulo Freire, Josué de Castro, Professora Euvandas, Marechal Rondon e Colégio Buritis.
A exemplo dos demais projetos em execução no Centro de Ressocialização de Buritis, o projeto Missão Voluntária, com alta demanda e muito requisitado pelos diretores de escolas, vem sendo ampliando em seus limites para atender a todos, e por isso os pedidos estão sendo agendados.
Para o diretor Adil Miguel do Amaral, o conjunto da obra de todos esses projetos é algo factível e de significado, que atende a orientação do governador Marcos Rocha e do secretário Marcus Rito, mas é principalmente o resultado de um esforço conjunto de todos os parceiros do Governo de Rondônia. “Este resultado poderia ser ainda maior não fosse a pandemia do coronavírus que nos limitou e nos levou a adotar todos os cuidados e os protocolos de proteção”, disse o diretor.