Autoridades vão homenagear a Bandeira Nacional e entronizar o busto do marechal Rondon na praça do Palácio Rio Madeira
Autoridades civis e militares vão se reunir na manhã desta quinta-feira (19) para celebrar o Dia da Bandeira. A programação acontecerá na praça do Palácio Rio Madeira, onde todos serão recepcionados.
Segundo o secretário-chefe da Casa Militar, coronel Valdemir Carlos de Goes, após a abertura do evento com o hasteamento das bandeiras Nacional, Estadual e do Município, serão executados os hinos Nacional e à Bandeira. As bandas de Música da PM e da 17ª Brigada de Infantaria de Selva foram convidadas.
Em mensagem ao povo de Rondônia, o governador Marcos Rocha enfatiza a inscrição em letras verdes “Ordem e Progresso”. Diz que Miguel Lemos, um dos autores da Bandeira, citou o filósofo francês Augusto Comte para explicar: “O Amor por Princípio, a Ordem por Base e o Progresso por Fim”.
“As 27 estrelas brancas representam cada um dos estados e o Distrito Federal. Em sua versão original, a disposição dessas estrelas na Bandeira representava o céu do Rio de Janeiro exatamente às 20h30 do dia 15 de novembro de 1889”, explica o governador.
Às 11h, 65 militares estarão no Palácio Rio Madeira e cada grupo de 13 representará o Exército Brasileiro, a Ala 6 da Aeronáutica, a Capitania Fluvial de Porto Velho, a Polícia Militar de Rondônia e o Corpo de Bombeiros Militar.
Está prevista para 12h15 a entronização do busto do Marechal Cândido Rondon em homenagem àquele cujo sobrenome originou o nome de Rondônia, e a partir das 12h20 a entrega da Medalha do Mérito Marechal Rondon, a mais alta comenda do Estado.
Falarão o comandante da 17ª Bda Inf Sl general de Brigada Luciano Batista de Lima, e o governador do Estado, coronel Marcos Rocha.
A execução do Hino Céus de Rondônia encerrará a solenidade.
RONDON, O ÚNICO A ORIGINAR NOME DE ESTADO
Rondônia é o único estado brasileiro cujo nome homenageia um herói da Pátria que comandou a célebre expedição das linhas telegráficas à Amazônia Ocidental Brasileira. Em 1915, numa conferência ao Museu Nacional no Rio de Janeiro, o etnólogo, antropólogo, jornalista e radialista Edgar Roquette Pinto propôs o nome Rondônia para designar a região compreendida entre os rios Juruena e o rio Madeira, cortando esse território pela estrada de Rondon.
“Argumentei na época que sendo esse território riquíssimo em elementos geológicos, botânicos, zoológicos, etnográficos, entre outras características, isso permitia já considerá-lo uma província autônoma. Claro que ele já se chamou Território Federal do Guaporé, mas como se vê, minha ideia inicial nos idos de 1915 acabou sendo utilizada para denominar o Estado de Rondônia”, disse Roquette Pinto, antes de morrer, em 1954.
Em 1912, ao participar de uma excursão à região, Roquette Pinto estudou populações. No livro ‘Rondônia’, publicado em 1917, ele conta: “Na época observei na Serra do Norte uma mudança acelerada no modo de vida dos indígenas. Muitos de seus usos, costumes, maneira de fazer as coisas estavam se modificando rapidamente”.
“Em pouco tempo de contato com o homem branco, ‘os machados de pedra não existiam mais, cada índio já possuía machado de aço. Riam-se até os nambiquaras daquele instrumento de pedra que há dois ou três anos era elemento fundamental de suas vidas’. Então, procurei arquivar esses fenômenos que estavam sumindo vertiginosamente. Tentei tirar um instantâneo da situação social, antropológica e etnográfica dos índios”. Esse livro de Roquette recebeu o prêmio Pedro II, medalha de ouro, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e sua história pode ser melhor conhecida neste link sobre a história de Rondônia.
