Dos 161 pacientes com covid-19 de Rondônia transferidos para outros estados, 115 receberam alta hospitalar
O Governo de Rondônia, por meio do Grupo de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Rondônia (GOA/CBM) em parceria com o Ministério da Saúde (MS), e empresas contratualizadas já transferiu do estado para outras unidades da Federação, 161 pacientes com covid-19 para tratamento. O objetivo é desafogar os hospitais e reorganizar o sistema de saúde local.
Segundo dados da Secretaria estadual de Saúde (Sesau), dos 161 pacientes transferidos, 115 já retornaram para casa, porque receberam alta hospitalar. Dos 45 que não resistiram e morreram, 41 faziam parte do grupo de pacientes graves acometidos pela doença. Uma mulher ainda encontra-se internada no estado do Rio de Janeiro. Nove cidades receberam os pacientes rondonienses, são elas: Campo Grande (MS), Canoas (RS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e Vitória (ES).
Os pacientes com quadros considerados leves e moderados deslocaram-se por meio das aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para leitos clínicos, alguns destes evoluíram para grave durante a internação e precisaram de transferências para leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Já os pacientes graves tiveram que ser transferidos em voos aeromédicos realizados pelo GOA e foram encaminhados diretamente para leitos de UTI, onde receberam assistência intensiva. Nas duas situações os pacientes são avaliados criteriosamente pela equipe médica responsável por receber esses pacientes antes de enviá-los.
A gerente de Programas Estratégicos de Saúde da Sesau, Annelise Soares Campos, é a responsável por fazer contato com os hospitais e familiares, para manter a Sesau informada sobre a relação dos pacientes internados em cada hospital e proporcionar o contato entre os familiares para as providências necessárias. “O boletim diário é informado diretamente ao familiar responsável. Somos acionados pela direção do hospital diante de alguma dificuldade de contato com a família, e em situação de alta e óbito para providenciarmos o retorno dos pacientes”, esclarece.
Annelise afirma ainda que, nas últimas semanas, é possível perceber a redução de registros do número de transferidos. “Não temos à semanas registros de pacientes para transferir, essa realidade colabora com a rede estadual de atenção à saúde e possibilita atender melhor à população. Esse dado é reflexo de muito trabalho da gestão de Governo, do setor de regulação e dos hospitais que diariamente melhoram os fluxos e otimizam processos de trabalho para atender os pacientes que necessitam de internação. Também é um resultado positivo da vacinação, pois observa-se grande redução de internação entre os idosos”, finaliza a profissional.