Saúde

Plano de Aceleração de Vacinação busca “imunidade coletiva” da população rondoniense e reforça importância da segunda dose

O Plano de Aceleração de Vacinação, anunciado nesta semana pelo Governo de Rondônia, por meio da Agência de Vigilância em Saúde (Agevisa), tem como meta conscientizar a população quanto à importância de completar o ciclo vacinal contra a covid-19 para o alcance da imunidade coletiva das pessoas, que ocorre quando o número de adultos vacinados chega a 70% da população imunizada.

A campanha adota a letra V como símbolo, dando o significado de “vacina”, “vitória” e “vida”. Porque a vacinação completa diminui os índices de internação e óbito. “Então é importante que a gente esteja completamente vacinado”, destaca a coordenadora estadual de covid da Agevisa, Flávia Serrano, que ressalta ainda que a população precisa tomar a segunda dose, pois “isso é muito importante dentro desse processo de vacinação e o alcance de uma população mais protegida”.

A maior parte das vacinas disponíveis no mercado tem primeira (D1) e segunda (D2) doses enquanto apenas a Janssen é dose única.

A campanha também vai ajudar os municípios na gestão dos registros das vacinas que serão incluídos nas estatísticas do Ministério da Saúde, para que os números reflitam os verdadeiros indicadores da população vacinada. Somente dessa forma, será possível avançar na vacinação de novas faixas de idades como já fazem outros Estados.

VACINADOS

A servidora pública Tereza Bogéa não desanimou, mesmo diante de reações como dor de cabeça e indisposição após tomar a primeira dose da vacina AstraZêneca, em dia 16 de abril. Ela conta que sentiu até um pouco de receio, mas depois seguiu tranquila e confiante para tomar a segunda dose, pois considera a vacina um antídoto fornecido de graça pelo governo para imunizar as pessoas contra o coronavírus.

Já Valério Tiossi, de 53 anos, tomou a primeira dose da Pfizer e a segunda está agendada para o dia 20 de agosto. Ambas são importantes para completar o ciclo imunológico, além de proteger também a família, os colegas e os amigos. No intervalo, ele conta que foi vacinado contra H1N1 (gripe), no dia 31 de julho e precisa esperar 14 dias para tomar a segunda dose.

Valério ainda destaca a importância da vacina e faz um apelo àqueles que ainda não tomaram as duas doses, para que busquem os postos de vacinação, principalmente depois que inúmeras famílias perderam seus parentes e “não se pode mais ficar pensando apenas em si, mas também sobre a necessidade de tomar a segunda dose da vacina”.

SEGUNDA DOSE

Os municípios atingiram um “patamar altíssimo de vacinação de primeira dose”, de acordo com Flávia Serrano, mas é preciso que as pessoas se conscientizem e retornem aos postos para a segunda dose do imunizante.

A coordenadora destaca que as pessoas não estariam retornando aos postos de vacinação porque a maioria fica aguardando o chamado, que não vai acontecer. A recomendação é que ao chegar o prazo previsto, a pessoa se informe com a prefeitura local e verifique se já pode tomar a segunda dose.

Outra observação importante é quanto à redução de prazo entre a primeira e segunda doses das vacinas AstraZrneca e Pfizer. A AstraZeneca com intervalo menor de 45 dias e a Pfizer, 60 dias, dependendo da disponibilidade de doses nos municípios.

Flávia Serrano explicou que muitas pessoas não retornam para tomar a segunda dose da vacina por causa das fake news que informam erroneamente, embora os protocolos para redução do intervalo entre as duas doses das vacinas tenham sido elaborados com base na prescrição da bula do própria imunizante.

Na história das vacinas, sempre houve também uma certa resistência das pessoas tomarem a segunda dose, de uma forma geral. No cenário da pandemia, “a segunda dose é mais importante hoje do que foi ontem. É preciso acabar com esse receio, por qualquer que seja o motivo, e lembrar que nós estamos lutando contra um só inimigo que o Sars-Cov-2”, finaliza a profissional.

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