Agevisa discute com representantes do Conselho Regional de Farmácia o papel do farmacêutico como agente fiscalizador
O Governo de Rondônia, preocupado com a saúde pública dos rondonienses, delegou à Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) levantar a questão da automedicação da população, atitude que pode trazer sérias consequências a saúde pública. Atendendo a essa premissa, técnicos do setor de medicamentos e o diretor-geral da Agência se reuniram com representantes do Conselho Regional de Farmácia (CRF) para tratar sobre o papel do farmacêutico como agente fiscalizador na contenção de automedicação e no gerenciamento de drogarias e farmácias do Estado.
Durante a reunião, Beatriz Jacinto Xavier, farmacêutica/inspetora Sanitária da Agevisa (GTVisa), fez uma explanação do cenário atualmente registrado em Rondônia e indicou a necessidade de fiscalização, por profissional especializado, nas drogarias e farmácias. “O cenário é crítico e a pandemia demonstra ter contribuído para isso”, anunciou a técnica. “Porto Velho é uma das capitais que possui uma grande quantidade de drogarias, chega a ter mais que hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). O relatório que aponta as irregularidades é extenso”, destacou Beatriz, acompanhada de Izamar Paraguassú Chaves, chefe do Núcleo de Medicamentos/Fiscal Sanitária da Agevisa (GTVisa).
Vanessa Ezaki, gerente técnica de vigilância sanitária da Agevisa, explica que será realizada capacitação envolvendo profissionais dos 52 municípios rondonienses, com extensão ao Conselho Regional de Farmácia. “Precisamos ficar cada vez mais atentos à necessidade da presença de um responsável técnico nas farmácias, principalmente nas menores, por isso, vamos estender essa capacitação. A fiscalização precisa ser extensa, isso evita a permanência de medicamento vencido nas prateleiras, venda inadequada de remédio controlado ou antibióticos sem prescrição médica”, argumentou a gerente.
Rogério Rocha Barros, presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF), acenou ao fato de se ter o farmacêutico como agente fiscalizador. “Durante toda a formação desses profissionais e até mesmo no pleno desenvolvimento de suas atividades conversamos muito sobre a missão do farmacêutico: lembramos que no mercado de trabalho serão assediados, mas os incentivamos a realização de seus trabalhos, inclusive como agente fiscalizador. Toda a sociedade ganha com isso”, detalhou.
O diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima, explica que analisou o diagnóstico que apresenta a situação em nível de Estado e vai ser emitido um parecer com detalhamento da visão da Agência sobre o assunto. “Vamos oficiar, explicar as atribuições fiscalizadoras da Agência e o trabalho a ser desenvolvido junto às farmácias em geral, de maneira documentada e enviar com cópia para o Conselho trabalhar junto a seus associados”, destacou o diretor.