Rondônia apresenta atividades de vigilância em saúde durante Campanha Nacional de Combate à Sífilis
O Governo de Rondônia, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) participou esta semana do evento nacional de Combate à Sífilis promovido pelo Ministério da Saúde (MS), realizado entre os dias 19 a 20 de outubro na cidade de Brasília, onde ocorreu um ciclo de debates e palestras presenciais e virtuais em alusão à Semana Nacional de Enfrentamento à Sífilis e à Sífilis Congênita.
No evento, participaram técnicos e especialistas do Ministério da Saúde, Conass, Conasems, OPAS/OMS, Unicef, Unaids, Unesco, universidades, Conselhos de Classe, sociedades científicas, sociedade civil e representantes das coordenações de IST/Aids dos estados e municípios bem como, profissionais de saúde de todo país.
Durante o evento, o Ministério da Saúde deu visibilidade aos resultados dos projetos desenvolvidos no âmbito do Termo de Cooperação número 66, os quais abrangeram estratégias nas ações para o enfrentamento da sífilis adquirida, sífilis na gestação e da sífilis congênita, com foco principal na eliminação da transmissão vertical que é aquela passada da grávida para seu feto.
RONDÔNIA
A gerente epidemiológica da Agevisa e coordenadora estadual de IST/AIDS de Rondônia, a médica epidemiologista Maria Arlete da Gama Baldez, participou do painel de relatos sobre as experiências para o enfrentamento à sífilis congênita no território. Os estados de São Paulo, Paraná, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso Sul e Santa Catarina, também fizeram exposições.
Rondônia apresentou ações desenvolvidas no território, como a Rede Cegonha, a ampliação do atendimento na Estratégia Saúde de Família (ESF), o trabalho de planificação da APS e assistência ambulatorial com prioridade para a qualificação do pré-natal. Também foi pontuada, a ampla disponibilidade e distribuição de preservativos a comunidade, capacitação em Teste Rápido (TR), disponibilidade de penicilina (benzatina/cristalina) para todas as formas de sífilis; fortalecimento e maior parceria entre a vigilância e a Atenção Primária de Saúde (APS) e engajamento nas parceria com a sociedade civil organizada que garante uma rede maior de atendimento pelo SUS, inclusive locais de difícil acesso.
O diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima, disse que a Coordenação Estadual de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, HIV/Aids e hepatites virais da Agevisa, continua desenvolvendo projeto com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Atualmente, estão com ações do projeto de Fortalecimento da Capacidade Local em Prevenção das IST, HIV/Aids e Hepatites Virais em Região de Fronteira para Populações-Chave e Prioritárias, no Contexto da COVID-19, em Rondônia.
Segundo o diretor, “o trabalho é desenvolvido em seis municípios de fronteiras: Porto Velho, Guajará-mirim, Nova Mamoré, Costa Marques, São Francisco do Guaporé e Pimenteiras do Oeste, com resultados positivos nos eixos de prevenção combinada, prevenção da transmissão vertical e cuidado continuo”.
MINISTÉRIO
Na programação do dia 19 de outubro o diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) do Ministério da Saúde, o médico epidemiologista Gerson Fernando Mendes, fez uma explanação sobre o quadro da sífilis durante a pandemia e atualização do Guia para certificação da eliminação da transmissão vertical de HIV e/ou Sífilis e certificação por meio do Selo de Boas Práticas rumo a eliminação.
Também foi realizada uma mesa de diálogo, com a participação de representantes da Opas, United Nations International Children’s Emergency Fund – Unicef, Joint United Nations Programme on HIV/Aids – Unaids e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – Unesco, sobre as agências internacionais e as políticas de saúde no controle da transmissão vertical de sífilis e HIV.
A sífilis é uma doença infecto-contagiosa sistêmica, de evolução crônica. Uma das formas da sífilis, é a congênita, que é a infecção do feto pelo Treponema pallidum, transmitida por via placentária, em qualquer momento da gestação ou estágio clínico da doença em gestante não tratada ou inadequadamente tratada.
O ministério divulgou dados do boletim epidemiológico de sífilis publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) que apontam uma redução de 26,5% na taxa de detecção de casos de sífilis adquirida em 2020, se comparados com 2019. O documento mostra que a cada 100 mil habitantes, 54,5 testaram positivo para sífilis adquirida. A maior parte das notificações ocorreu em indivíduos entre 20 e 29 anos de idade.