Monitoramento é reforçado para combater e prevenir ferrugem asiática nas lavouras de soja em Rondônia
A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron), iniciou um processo de reaproximação com o produtor de soja rondoniense, para alinhar estratégias e reforçar as políticas de prevenção e combate à ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), praga que ameaça uma das principais culturas agrícolas do Estado, a soja.
“Já em 2019, iniciamos essa reaproximação. A eficiência de qualquer programa de Defesa Agropecuária está diretamente ligada com a apropriação desse programa pelo principal beneficiado, que é o produtor. Assim aconteceu, por exemplo, com o programa da febre aftosa que, há 20 anos, se transformou num programa de Estado e não de governo, principalmente porque foi exigido pelo pecuarista organizado pelo Fundo Emergencial de Febre Aftosa de Rondônia (Fefa). Assim deve acontecer com todos os outros programas de defesa agropecuária. O produtor organizado, entendendo a importância dele deve se apropriar dos seus objetivos para dar mais eficiência no controle da ferrugem asiática. A pandemia impediu que esse diálogo fosse maior, devido o risco de contágio pela covid-19, mas, agora, que a pandemia arrefeceu, a gente vai consolidar essa aproximação”, explica o gerente de Defesa Vegetal, Jessé de Oliveira.
Essa reaproximação permitirá mais eficiência no monitoramento da ocorrência da ferrugem asiática, mapeando o comportamento do fungo nas diferentes regiões do Estado. Todo esse trabalho será realizado em conjunto com a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Rondônia (Aprosoja).
Em Rondônia, de acordo com a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab-2021) a produção de grãos na safra 2021/2022 está estimada em 2,6 milhões de toneladas; 0,1% maior do que a da safra anterior. A área plantada deve crescer 2,7%, alcançando 675,3 mil hectares; 2,7 % superior à da safra 2019/2020. “A soja tem um impacto muito grande na economia do Estado, por isso devemos manter uma política fitossanitária bem estabelecida que, com o apoio do agricultor, seja aplicada sem ressalvas”, destaca Jessé Oliveira.
A aplicação dessas políticas, que envolve a utilização de agroquímicos, período de safra e janela de plantio, foi um dos assuntos abordados no último final de semana, pelo presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres, e pelo gerente de defesa vegetal, na solenidade de posse da nova diretoria da Aprosoja.
“A soja, assim como outras culturas, vem se destacando no cenário rondoniense, tanto em crescimento quanto em participação de negócio. O Governo Marcos Rocha entende que é fundamental o acompanhamento da Agência Idaron às tendências de mercado, para melhorar as perspectivas futuras de produção. Por isso, mantemos o alinhamento de estratégias, envolvendo tanto o setor produtivo quanto o setor oficial de defesa fitossanitária, para que as políticas públicas se desenrolem da melhor forma possível”, acentuou Julio Peres.