Presa por associação ao tráfico, filha de ex-deputado de Rondônia consegue liberdade
Rota policial News
Presa há mais de seis meses, denunciada por suposta lavagem de dinheiro e organização criminosa, Natielly Karlailly Balbino, filha do ex-deputado federal Nilton Capixaba (PTB), obteve, no último dia 9, o benefício da prisão domiciliar concedido pelo desembargador Jorge Leal, do Tribunal de Justiça de Rondônia, ao julgar pedido de habeas corpus impetrado pela defesa da acusada.
Natielly foi presa em setembro do ano passado na Operação Carga Prensada, da Polícia Federal, acusada de ligação com uma organização criminosa que atuaria no tráfico de drogas, venda ilegal de armas de fogo, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Durante a operação, da PF apreendeu 150 veículos (Land Rover, BMW e Camaro), aeronave, lancha, imóveis e jóias da suposta organização. Nos meses de investigação, a PF apreendeu 2,5 mil quilos de cocaína que pertenceriam ao grupo. No total, 45 mandados de prisão foram cumpridos, incluindo o de Natielly, presa em Cacoal por ordem do Juízo da 2ª Vara Criminal de Vilhena.
Conforme a decisão do magistrado publicada no Diário da Justiça desta terça-feira, 12, os advogados de Natielly ingressaram com pedido de habeas corpus alegando que ela atualmente está em prisão domiciliar (internada em hospital) com previsão de voltar para a cadeia nos próximos dias.
Relatam que a acusada está passando por “gravíssimos problemas de saúde, inclusive psicológicos”, estando internada e assistida por dois médicos psiquiatras. Disseram que esses problemas são fatos novos ocorridos durante a prisão.
A defesa requereu a concessão de liminar em favor de Natielly para que a prisão domiciliar seja prorrogada por mais noventa dias, considerando que há ordem para que em 14 de Abril de 2022, ela seja recolhida para o sistema prisional.
Ao conceder o benefício, o desembargador anotou: “…no caso específico da paciente NATIELLY, a soma dos vários fatores existentes (doenças, cirurgias, filhos menores que dela dependem, mãe doente) demonstram que não há necessidade dela estar no ergástulo para que o processo tenha o seu curso normal e regular e todos os acusados possam exercer o seu amplo direito de defesa. Pode ser conjugada a necessidade de preservar a segurança pública e atender aos seus interesses com a prisão domiciliar.