Tia de menino atropelado em RO relata indignação por fuga de suspeito: ‘sentimento é de grande revolta’

A tia de uma criança de 11 anos que foi atropelada por um motociclista enquanto brincava de pipa, em Vilhena (RO), contou ao g1 sobre a indignação da família em saber que o suspeito fugiu sem prestar socorro. Ele procurou a mãe da criança para pedir perdão depois da repercussão do caso, mas não se identificou ou ofereceu ajuda.

“O sentimento é de grande revolta. Sabemos que acidentes acontecem, mas o que nos deixou tristes e indignados foi o fato dele não permanecer no local. Ele sentiu medo de perder um bem material sabendo que nós quase perdemos uma vida”, relatou Adriana Siqueira.
E foi com base nesses sentimentos que a mulher resolveu escrever uma publicação nas redes sociais falando sobre o caso.

“A postagem não foi para achar ele, processar ou prender, foi para mostrar o nosso repúdio contra pessoas que cometem esse tipo de coisa, que se envolvem em acidentes e sequer tem a dignidade e o caráter de parar para socorrer, sabendo que minutos e segundos podem salvar uma vida”.

De acordo com a mulher, o suspeito entrou em contato com a mãe da criança depois de ver a publicação. Porém, apesar de pedir perdão, ele não teria se identificado ou oferecido ajuda para a família.

“Ele pediu perdão e reconheceu que errou. Disse que agiu por impulso e medo. Depois que ele conversou com minha irmã, ela perdoou ele. Não desejamos mal algum pra ele, só que isso sirva de exemplo para não cometer novamente, pois poderíamos ter perdido meu sobrinho”.

Estado de saúde
Inicialmente o Corpo de Bombeiros informou que a criança tinha sofrido cortes profundos na cabeça e uma fratura no braço. No entanto, de acordo com a família, ele também fraturou duas costelas e teve afundamento no crânio, além de sofrer várias escoriações pelo corpo.

Devido a gravidade do caso, a criança foi levada de Vilhena para receber atendimento na cidade de Cacoal.

A tia do menino relatou que ele passou por uma cirurgia e precisou retirar um pedaço do crânio e aguarda outro procedimento no braço. Ele continua internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sem previsão de alta.

G1