Brasil

Mortalidade infantil tem redução histórica no Brasil

O Brasil teve redução história da mortalidade infantil nos últimos 19 anos. A queda foi de 56,11% nas mortes de recém-nascidos e de 59,8% para crianças de até cinco anos.

É o que mostra um relatório 2020 do Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância divulgado na semana passada.

Sobre a mortalidade na infância no Brasil, “Em 1990 foram 62.9 mortos a cada 1000 nascidos vivos. Em 2000, 34.6/1000 e em 2019 13.9 mortos a cada 1000 nascidos vivos”, informou o Unicef.

Na categoria neonatais – mortes entre o parto e o 28º dia de vida – a taxa de mortalidade caiu de 25,3 – mortes a cada 1000 nascimentos – em 1990, para 18 no ano 2000 e para 7,9 em 2019.

A queda entre os adolescentes foi menor. Diminuiu de 7,6 em 1990 para 7,2 em 2000 e 7,1 em 2019.

Precisa melhorar

Em 2016, pela primeira vez em 26 anos, as taxas de mortalidade infantil e na infância cresceram. Em 2017, elas caíram, mas ainda não voltaram aos patamares de 2015. Desde 2015, também, as coberturas vacinais – que vinham se mantendo em patamares de excelência – entraram em uma tendência de queda.

O Brasil ainda é o país do continente com a terceira maior taxa de mortalidade de adolescentes, a frente apenas da Guiana (8,6) e da Venezuela (12,6).

A melhora nos números do Brasil acompanha uma queda mundial, onde as taxas de mortalidade foram de 17 para mortes neonatais, 5,2 para crianças de até cinco anos e 18 para crianças e jovens de até 24 anos.

Entre 1996 e 2017, 827 mil vidas foram salvas, aponta o relatório.

“Nos últimos 30 anos, as ações de saúde destinadas a prevenir ou tratar as causas da mortalidade infantil, como a prematuridade, o baixo peso ao nascer, as complicações durante o parto, a pneumonia, a diarreia ou a malária, assim como a vacinação desempenharam um papel importante para salvar milhões de vidas”, diz o relatório.

Covid

E ainda há muito o que fazer porque a pandemia da Covid-19 pode colocar um freio neste avanço:

Estudo do Unicef em 77 países mostra que, 68% deles enfrentaram algum tipo de interrupção em programas de vacinação, ou de visitas médicas infantis.

“A comunidade mundial evoluiu muito na eliminação das causas evitáveis de morte em crianças para deixar que a pandemia da Covid-19 detenha” este esforço, alertou a diretora do Unicef, Henrietta Fore, no comunicado.

“O fato de hoje haver mais crianças que fazem um ano de vida do que em qualquer outro momento da história demonstra o que é possível quando o mundo coloca a saúde e o bem-estar no centro de suas ações”, declarou o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

E ela lembrou: “não devemos permitir que a pandemia coloque em risco progressos consideráveis para nossas crianças e as gerações futuras”.

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