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Flamengo aciona polícia e Ministério Público contra dono do Grupo Bom Futuro

Após Elusmar Maggi Scheffer, torcedor do Internacional que ganhou as manchetes nesta semana ao doar R$ 1 milhão para que o lateral Rodinei pudesse ser escalado, dizer que injetará dinheiro no São Paulo para que o clube consiga um bom resultado contra o Flamengo, a diretoria do clube carioca promete agir.
Segundo Rodrigo Dunshee de Abranches, vice-presidente jurídico rubro-negro, a equipe irá até a polícia contra o empresário.

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“Manipulação de resultado sob qualquer forma é crime previsto no estatuto do torcedor, ainda mais quando são jogos da loteria federal. Hoje mesmo vamos encaminhar notícia crime ao MP [Ministério Público] e à polícia. Esse torcedor pode ser rico, mas vê-se que não é preparado”, escreveu, em sua conta no Twitter.
São Paulo e Flamengo irão se enfrentar na última rodada do Brasileirão no Morumbi, na quinta-feira. Para ser campeão, o Inter precisa vencer o Corinthians no Beira-Rio e torcer para que os cariocas não derrotem os paulistas.

O dirigente rubro-negro, contudo, cometeu uma gafe ao complementar seu desabafo. Ele associou Elusmar Maggi a empresa que tem seu sobrenome, mas nada tem a ver com o empresário. A marca “Maggi” tem origem na Suíça e pertence a Nestlé.

“Esse Maggi vinculado ao Inter (com a complacência do clube) disse que no Rio de Janeiro, sabe que será roubado, referindo-se à empresa Maggi. Além da notícia crime contra ele pela promessa de fraude, nosso povo deveria boicotar todos os produtos da Maggi”, criticou Abranches.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, no domingo, o agricultor – que na verdade é sócio do “Grupo Bom Futuro” – prometeu dar uma “mala branca” ao time paulista.
“Vou injetar dinheiro no São Paulo para a gente ser campeão. Vou estudar com a minha parte jurídica como proceder amanhã (segunda-feira, 22). Vai ser 1 a 0 para a gente contra o Corinthians”, afirmou.

Scheffer também descreveu como “uma vergonha” a expulsão do lateral-direito Rodinei contra o Flamengo, no início do 2º tempo, após revisão do árbitro Raphael Claus no monitor do VAR.

“É que nem aquela história: ‘Tenho de fazer uma entrega no Rio de Janeiro e sei que vou ser roubado, mas tenho que ir lá’. Isso não existe, foi uma vergonha, o lance do Rodinei foi uma vergonha. Na quinta, vamos ser campeões”, apostou.

Vale ressaltar que o R$ 1 milhão foi doado por Scheffer para a escalação de Rodinei sem contrapartidas – ou seja, o Internacional não precisará pagar o torcedor de volta.

Elusmar é um dos maiores produtores rurais de Mato Grosso e vive em Cuiabá, capital do Estado.

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