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Emissão de carbono é monitorada na Resex Rio Preto Jacundá, em Machadinho d’Oeste

Na proposta de aumentar os projetos sustentáveis, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) acompanhou a equipe de pesquisadores do Centro de Estudos da Cultura e do Meio Ambiente da Amazônia (Rioterra) para realizar estudos sobre o carbono nas áreas de restauração localizadas no interior da Resex Rio Preto Jacundá, em Machadinho d’Oeste. A finalidade da ação é identificar o material carbono alocado nos parques ambientais, e criar propostas para remoções de gases de efeito estufa.

O Estado de Rondônia possui mais de 40 Unidades de Conservação (UCs), e uma delas é a Resex Rio Preto Jacundá, onde tem o primeiro projeto de carbono florestal iniciado em 2012. O REDD+ (Redução das emissões por desmatamento e degradação florestal mais conservação, manejo florestal sustentável e manutenção de estoques florestais) desta resex possui um projeto precursor no país e mostra, de forma efetiva, que manter a floresta em pé é uma alternativa rentável diante do crescente desmatamento na Amazônia.

A atividade foi desenvolvida a partir de coleta de amostras de árvores (troncos, galhos, folhas e raízes) para análises laboratoriais e identificação do teor de carbono no local.

O professor e pesquisador da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Carlos Roberto Sanquetta, explica que o levantamento vai identificar o carbono que foi estocado e retirado da atmosfera, ajudando a diminuir a quantidade de CO2 nas Unidades de Conservação “As árvores têm o papel de limpar a atmosfera, e este carbono, fica contido neste tecido e órgãos da planta. Então todo este trabalho visa tirar amostrar, pesar e levar para o laboratório para determinar o teor e conteúdo do carbono e qual foi a quantidade retirada da atmosfera, limpando assim o ar, para nós podermos ter um ar mais puro”.

Para determinação dos teores de carbono foram retiradas amostras das plantas, solo e biomassa de cada material. As amostras foram pesadas e, posteriormente, levadas à análise. Os resultados vão identificar o potencial das plantações de restauração florestal e a diminuição de gases de efeito estufa.
De acordo com o coordenador de projetos do Rioterra, Alexis Bastos, as pesquisas sobre o carbono são de suma importância para o desenvolvimento de projetos sobre a diminuição da emissão de gases de efeito estufa e mudanças climáticas. “A gente está fechando agora a quantificação de carbono em áreas de regeneração natural, e a ideia é que a gente faça uma comparação destas áreas e entender como o carbono é fixado e emitido, e como podemos melhorar os aspectos de conservação a partir deste conhecimento”, reforça.

A ação visa gerar dados para as próximas pesquisas sobre recuperação de áreas alteradas na Amazônia, e como o processo de retirada de carbono da atmosfera podem ser usados para manutenção e combater as mudanças climáticas.

Nesta premissa, os projetos de REDD é uma alternativa positiva para a elaboração de projetos e pesquisas de proteção e recuperação da floresta.

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