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Governo de Rondônia conclui diagnósticos para preservar nascentes de rios em Cerejeiras e Espigão d’Oeste

Com o objetivo de preservar nascentes, evitar prejuízos causados pelo homem e garantir o acesso à água, o Governo de Rondônia por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) concluiu os primeiros diagnósticos para a conservação das bacias dos rios Araras e Palmeiras, respectivamente em Cerejeiras e Espigão d’Oeste.

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“Começamos em 2019 e atualmente o Ministério Público Estadual vem consolidando a sua grande parceria na solução de velhos problemas”, disse hoje (25) o geólogo Paulo Sérgio Mendes dos Santos Júnior, da Coordenadoria de Geociências da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Ambiental. Satisfeito com o resultado dos diagnósticos, ele assinala que a salvação de nascentes e a conservação da mata ciliar garantem a sobrevivência de pessoas, plantas e animais. As próximas metas para os municípios assistidos serão brevemente anunciadas.

Os relatórios foram entregues ao secretário Marcílio Leite Lopes, que programará a extensão desse trabalho aos municípios de Buritis, Pimenta Bueno e São Miguel do Guaporé. Lopes lembrou que o diagnóstico do rio Machado, em Cacoal, também faz parte das metas da Sedam. “Algumas situações de perdas de nascentes já ocorrem desde algumas décadas, interrompendo a abundância da água em diferentes regiões estaduais”, explicou o secretário.

Segundo o geólogo Paulo Sérgio Mendes, o rio Araras, na zona rural de Cerejeiras, a quase 800 quilômetros de Porto Velho, por estrada, começou a ser visto pela Sedam por causa da escassez de água no ponto de captação da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd). “Logo projetamos um estudo maior para outras regiões do estado, a fim de iniciar a recuperação de nascentes e cursos d’água agredidos ao longo do tempo”, contou Paulo Sérgio. Essa intervenção do governo, via Sedam, permitiu identificar semelhante situação no município de Espigão d’Oeste, a 541 quilômetros da Capital.

Os diagnósticos seguem em ritmo promissor, assegura o geólogo. Ao participar recentemente de cursos por videoconferências, ele constatou a desinformação de pessoas de outras regiões diante da realidade amazônica ocidental. “Sempre tem alguém estranhando que, mesmo na Amazônia, exista problema de abastecimento de água”, comentou.

DIÁLOGO

A Coordenadoria de Geociências vem projetando com educadores ambientais da Sedam outro trabalho visando educar proprietários rurais e a sociedade em geral, no sentido conservacionista em períodos de extensão de suas culturas agrícolas. O trabalho do diagnóstico facilita à Sedam conversar proximamente com os produtores rurais.

Constatando essa possibilidade, a Sedam não apenas angaria recursos financeiros para avançar no projeto de recuperação de nascentes e conservação da mata ciliar, como obtém parcerias. Dessa maneira, conforme o geólogo, o governo se dispõe a formular novas parcerias com a Universidade Federal de Rondônia e outras instituições de Ensino Superior interessadas em contribuir com projetos no setor.

ÁGUA É VIDA

Atualmente, 20% da população [1,4 bilhão de pessoas] não têm acesso à água potável. Esse problema situa-se em pé de igualdade com o lixo, produção de alimentos, aquecimento global e superpopulações.

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), no mundo aproximadamente 2 mil crianças com menos de cinco anos morrem diariamente devido a doenças diarreicas e cerca de 1.800 dessas mortes estão ligadas à água, ao saneamento e à higiene.

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