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Menina de apenas 2 anos encanta internautas por falar palavras difíceis

Com mais de 1 milhão de seguidores a pequena Alice de 2 anos faz sucesso nas redes com seus vídeos falando palavras difíceis como “proparoxítona” e “estapafúrdio”. A mãe, Morgana Secco, começou a compartilhar os vídeos nas redes, mas revelou ao Gshow que ficou espantada com o sucesso repentino. Em entrevista exclusiva, a fotógrafa conta como é a vida da família em Londres, revela se usa algum método para Alice se desenvolver tão bem, se recebe perguntas de outras mães e se ela já pensou em levar a filha em algum especialista para saber se a bebê tem altas habilidades.

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Alice recebe muitos comentários de famosos, que ficam encantados com o jeito carismático da pequena

Gshow: Como foi o ‘boom’ da viralização dos vídeos da Alice? Imaginou que seria esse sucesso todo?

Morgana Secco: “Nunca imaginei! Queria aumentar a audiência para aumentar as oportunidades de trabalho, poder compartilhar com mais pessoas o que acredito, mas nunca cogitei um crescimento tão grande em tão pouco tempo. Nem sabia que era possível.”

Gshow: Muitas pessoas acham que a Alice lê, mas na verdade você já explicou algumas vezes que ela decora as histórias, certo? Conta um pouco pra gente?

Morgana Seco: “Isso, ela costumava nos pedir para ler tantas vezes o mesmo livro que com o tempo acabava decorando. E ainda adorava ficar repetindo.”

Gshow: Como é a relação da família e da Alice com livros?

Morgana Seco: “Eu e o pai dela adoramos ler e apresentamos os primeiros livrinhos, de pano e plástico, desde que ela nasceu. Com o passar do tempo passamos aos livros com histórias, sempre atentos aos interesses dela em cada fase. Em algumas delas ela queria ler o tempo todo, atualmente não anda tão interessada, só quer saber das historinhas dos gibis. Ela está em uma fase mais musical, então está muito interessada por tudo relacionado a música. A gente acha super normal e saudável que ela explore de acordo com o interesse dela no momento. Achamos importante nunca forçar nada. Mas os livros e os gibis seguem acessíveis para ela explorar no momento que quiser, como se fossem outros brinquedos.”

Gshow: A Alice já fala inglês?

Morgana Seco: “Ainda não, somente português, pois é o mais recomendado para pais brasileiros que moram em um país que fale outro idioma e desejam que os filhos falem português. Ela vai aprender inglês quando for para escola. Não temos pressa, pois sabemos que morando aqui, a língua principal dela será inglês. Nosso objetivo é ela reforçar o português mesmo para tentar manter o idioma ao longo da vida.”

Gshow: Como foi a decisão de mudar de país? Como é a vida em Londres?

Morgana Seco: “Estávamos querendo ter filhos logo e estávamos passando por uma fase de transição de carreira quando decidimos mudar. Achamos que fazia sentido mudar naquele momento para recomeçar em um local que tínhamos vontade de morar e antes de ter filhos. Estruturamos nossa vida aqui quando chegamos e um ano depois engravidamos. Alice nasceu aqui.”

“A gente ama morar em Londres. É uma cidade com muitas oportunidades, acesso a cultura, diversidade e possibilidade de uma boa qualidade de vida. A parte ruim é ficar longe da família, tanto pelo contato como pela falta de rede de apoio.”

Gshow: O fato da Alice falar tantas palavras facilmente foi algo que você incentivou ou é uma coisa dela?

Morgana Seco: “Acho que é uma mistura de predisposição e interesse dela com o ambiente favorável que a gente proporciona. Intuitivamente acabamos fazendo muitas coisas que podem ter colaborado, como dar muita atenção a ela desde que nasceu, conversar muito com ela e a própria leitura ajuda muito. Outro fator que pode contribuir é ela não ter nenhum acesso a televisão ou celular.”

Gshow: Você recebe muito contato de mães comparando os filhos a sua?

Morgana Seco: “Recebo sim, muitas ficam preocupadas porque seus filhos da mesma idade não falam tanto quanto ela. Eu sempre ressalto para não comparar pois as crianças tem tempos de desenvolvimento diferentes e Alice está bem acima do que é esperado para a idade. Desde que a criança esteja dentro dos marcos esperados para a idade, elas não têm com o que se preocupar. Enquanto uma criança pode estar falando muita a outra pode estar desenvolvendo atividades motoras, por exemplo.”

 “Cada criança é única e a comparação acaba sendo injusta e gerando preocupações desnecessárias.”

Gshow: Como é a maternidade no exterior sem sua família?

Morgana Seco: “Não vou dizer que é fácil, porque não é. Não temos nenhuma rede de apoio aqui, somos só eu e meu marido para dividir todas as tarefas da casa e da criação da Alice, o que já é bastante trabalho. E os dois trabalhando também. Então é puxado, mas a gente se vira priorizando o que para a gente importa mais. Além disso, dá uma pena de que a família não consiga participar tão de perto do crescimento da Alice. Para aliviar, a gente tenta amenizar a saudade indo pelo menos uma vez por ano ao Brasil e falando bastante por vídeo chamada.”

Gshow: Vocês já levaram ela em algum especialista para saber se ela tem altas habilidades?

Morgana Seco: “Eu vejo muita gente querendo uma explicação, como se o desenvolvimento dela não fosse normal e sugerem altas habilidades. Eu não sei se ela tem porque não se faz diagnóstico ainda nesta idade e não encontramos motivo para ver um especialista.”

“Talvez quando ela for a escola essa classificação faca algum sentido, pois a escola padrão pode ser desmotivante para ela, não sabemos. Mas isso é algo para avaliarmos quando chegar a hora, não tem porque precipitar as coisas.”

“Por enquanto o que vemos é uma criança feliz e que aparentemente não apresenta nenhum tipo de dificuldades. Ela socializa muito bem, interage com as outras pessoas, tem interesses diversos. Não vejo necessidade de diagnóstico e nem de rótulos se não existe problema ou dificuldade.”

Gshow: A Alice teve dificuldade em algum ponto: sono, alimentação (coisas que geralmente mães e pais se pegam em apuros) ?

Morgana Seco: “Tivemos alguns períodos turbulentos no sono, especialmente nos primeiros meses. Natural, como a maioria dos bebês.”

“As pessoas me perguntam também se ela chora ou faz birra e é claro que sim. Ela é uma criança como qualquer outra e esta fase dos 2 anos é especialmente desafiadora para a maioria dos pais e para a gente não é diferente.”

Gshow: Você usa algum método para Alice se desenvolver tão bem?

Morgana Seco: “Nenhum método especifico. O que fazemos desde sempre é dar muita atenção para ela, respeitar os desejos dela e tentar sempre tratar ela com empatia, tentando pensar como um bebê que ainda não entende nada do mundo pode estar se sentindo. E dar muita liberdade para explorar o que tiver vontade.”

Gshow: Como surgiu a ideia do podcast, camisetas? Quais são os próximos passos?

Morgana Seco: “O podcast “Mãe Mulher” foi um convite e começou antes das viralizações. Eu e outras duas mães falamos de assuntos relacionados à maternidade, às vezes chamando especialistas, às vezes só bate papo mesmo. Achei que fazia sentido e o formato permite aprofundar um pouco mais os assuntos.”

“As camisetas aconteceram muito por acaso. Alice estava falando repetia sempre a mesma frase quando fingia que lia uma história: “quando as pessoas riram estava escuro”. Não sabemos de onde ela tirou isso, mas as pessoas começaram a me mandar as interpretações delas e a dizer que queriam camisetas com essa frase. Achei a ideia legal, falei que ia providenciar e encontrei uma fornecedora que tinha ideias alinhadas comigo. Assim surgiu nossa parceria. As camisetas, moletons e canecas têm a frase filosófica da Alice e um desenho que ela fez dela mesma e agora as pessoas conseguem ter um pouquinho do que isso representa para elas (que para cada um é diferente).”

“Os próximos passos agora tem várias frentes. Sigo atuando como fotógrafa, mas estou querendo abrir mais espaço no meu dia a dia para conseguir produzir mais conteúdo. É algo que eu também gosto muito de fazer pelo poder de impactar positivamente na vida de tanta gente. E com todo retorno e pedidos que tenho tido, acho que tenho conseguido e por isso quero poder me dedicar mais.”

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