Fumaça e incêndios interditam rodovias e ameaçam usinas de açúcar e álcool
Uma das principais dificuldades para o combate dos incêndios é o vento. Um foco que começa em um campo, em poucos minutos, se espalha por quilômetros.
Dois brigadistas morreram no combate a incêndios a canaviais no interior de São Paulo.
As nuvens de fumaça cobriram o horizonte. A seca já dura quatro meses. O fogo devastou campos secos e canaviais. Em pelo menos duas cidades, atingiu os bairros, assustando os moradores.
Na região de Ribeirão Preto, a polícia e as concessionárias interditaram trechos de cinco rodovias, porque as chamas se aproximaram da pista. Motoristas se desesperaram.
Uma das principais dificuldades no combate dos incêndios é o vento. Como a região está muito seca, um foco que começa em um campo, em poucos minutos, se espalha por quilômetros. Em um local, as fagulhas atravessaram as rodovias. Dois lados queimaram.
No município de Palestina, na região de São José do Rio Preto, animais morreram. Equipes das usinas de cana-de-açúcar se mobilizaram para tentar evitar que o fogo se alastrasse. Dois brigadistas morreram tentando apagar chamas em um canavial em Urupês.
O céu da capital paulista ficou amarelado no fim da tarde desta sexta-feira (23). Segundo os meteorologistas, é resultado da fumaça de incêndios na região amazônica e do interior de São Paulo.
O governo de São Paulo anunciou a criação de um gabinete de crise para lidar com os incêndios, que são um problema também no Paraná – onde há 802 focos em 127 municípios. Em Cianorte, no oeste do estado, o fogo destruiu uma área de mais de 100 km² e atingiu um dos maiores parques urbanos do país.
Fonte: g1