Rondônia possui menor taxa de desemprego da Região Norte; ações de desenvolvimento contribuíram em meio à pandemia
Mesmo em meio a pandemia causada pela covid-19, o estado de Rondônia continuou promovendo ações de desenvolvimento por todo o Estado, sobretudo mantendo índices positivos para manter o crescimento econômico de forma sólida, tendo como meta ser um grande gerador de empregos.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), a taxa de desocupação em Rondônia diminuiu para 7,8% no terceiro trimestre de 2021. Com este percentual, o Estado passou a ter a menor taxa de desemprego da Região Norte e a quarta menor do País, ficando atrás apenas de Mato Grosso do Sul (7,6%), Mato Grosso (6,6%) e Santa Catarina (5,3%).
Em dois anos de pandemia, Rondônia garantiu importantes conquistas, mantendo o equilíbrio econômico, sendo uma das metas traçadas na responsabilidade com a destinação do recurso público, estando economicamente no azul e tendo nota máxima nos três indicadores de Capacidade de Pagamento (Capag), da Secretaria do Tesouro Nacional.
O adjunto da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec), Avenilson Trindade, explica que mesmo antes da pandemia, Rondônia já tinha a menor taxa de desemprego da Região Norte, que era em torno de 6%, sendo a segunda menor do País, ficando atrás apenas de Santa Catarina (SC).
“Quando veio a pandemia, foi um momento de impacto para toda a sociedade. A forma como foi conduzido este momento, foi dosado entre restrições, combinado com manutenção de atividades econômicas, no qual isso preservou de certa forma o nível de emprego. Houve impacto em todos os setores, e isso afetou indicadores, como o desemprego no mundo inteiro e em Rondônia não foi diferente”, pontua Trindade.
Para compensar o impacto devido a pandemia, o Poder Executivo adotou medidas e promoveu incentivos para gerar empregos em meio ao período de crise, mantendo ações contínuas por todo o Estado.
GERAÇÃO EMPREGO
Lançado em 2020 pela Sedec, junto ao Sistema Nacional de Emprego (Sine), o programa “Geração Emprego” tem como objetivo favorecer a qualidade de vida do cidadão jovem, adulto e estrangeiro, com capacitação profissional para melhores oportunidades de emprego.
O programa contribui com três metas: tornar Rondônia um dos dez estados mais competitivos do Brasil; ter o maior crescimento percentual do Produto Interno Bruto (PIB) entre os estados e se integrar com o eixo da Cidadania, criando oportunidades para reduzir desigualdades.
O “Geração Emprego” lançou solução de empregabilidade que capacita trabalhadores, de acordo com as principais demandas do mercado, de forma gratuita, além de aproximar empregadores e os candidatos às vagas.
De acordo com Avenilson Trindade, o programa procurou capacitar pessoas no sentido de buscar a empregabilidade, dando auxílio aqueles que também possuem perfil empreendedor.
PROAMPE
O Programa de Apoio às Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores de Pequenos Negócios (Proampe), foi instituído no final de 2020 e tem como principal finalidade dar apoio e incentivos para o crescimento e a manutenção de pequenas empresas no Estado.
Pelo Proampe, mais de R$ 15 milhões foram efetivados para viabilizar a manutenção de microempreendimentos e a realização de empreendimentos que nunca existiram. O valor é significativo para impulsionar o desenvolvimento das empresas, reduzindo impactos causados pela pandemia e com isso, estimular o setor que mais gera empregos no Brasil.
São disponibilizados créditos com juros, com uma taxa anual máxima igual à taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), acrescida de 1,25% sobre o valor concedido e pagamento em até 36 parcelas, com até seis meses para o início do pagamento, além da necessidade de um fiador.
EMPREENDEDORISMO
Em 2021, houve aumento do número de empresas em todo o Estado, de acordo com registros da Junta Comercial do Estado de Rondônia (Jucer). Conforme balanço realizado pela Jucer, foram 26.015 empresas, sendo uma conquista importante para o Governo do Estado, que tem como prioridade incentivar e tornar mais acessível a formalização empreendedora.
Em comparação a 2020, onde 21.735 empresas foram abertas, os números foram superados em 19,69%. Em 2021, o mês mais produtivo para a abertura de empresas foi agosto, quando 2.521 novas empresas foram criadas. No mesmo período de 2020, foram apenas 1.979, tendo um aumento de 27.39%.
Conforme Avenilson Trindade, isso impacta diretamente no indicador de número de empregadores, abrindo não somente negócios, mas também novos postos de trabalho. “Isso reduziu a taxa de desocupação, que vai envolver informalidade e também o emprego formal. Quando essa taxa diminui, atinge também a informalidade e amplia a formalidade tanto da empresa, quanto do empregado, voltando a carteira assinada”.
Avenilson Trindade pontua que o comércio de fato foi o que impactou mais nesse setor, sobretudo o percentual de informalidade que é um dos menores do Brasil, ficando em torno de 48%, em um patamar mediano. Ainda conforme o IBGE, Santa Catarina registrou a menor taxa de informalidade, com 26,6% e a maior sendo o Pará, com 62,2%.
ASPECTOS
Em meio ao contexto de crise, o Executivo Estadual conseguiu implantar programas que puderam reduzir o impacto da pandemia. Essa redução se deu em três aspectos: aumento do investimento com a criação de novos negócios, ampliação do investimento, melhorando a oferta de produtos para os consumidores, consequentemente tendo a geração de mais empregos, mantendo o consumo em um patamar razoável, que cria alicerce para o Estado manter a economia favorável.
Ainda com o desenvolvimento crescente do Estado, a expectativa econômica para os próximos meses são grandes, segundo Avenilson Trindade. “A economia, mesmo em meio à crise, caminhou, organizando políticas públicas, interagindo com as empresas, estimulando a manutenção do investimento, geração de empregos e consequentemente, teremos um indicador de atividade econômica melhor”.
“Olhando a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), percebe-se que há uma expectativa de crescimento para o estado de Rondônia de 0,6%, que ainda é moderado, porém, pode crescer muito mais, pois em meio à crise, tem demonstrado muitos desempenhos em vários outros indicadores. Em conjunto, o Estado mantém o crescimento de sua economia e atravessa essa crise, pois mantém âncoras sólidas”, finaliza Avenilson Trindade.