Menina de 10 anos usa desenhos para revelar abusos do próprio padrasto
Entenda o Caso
Em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro , um homem foi preso suspeito de abusar sexualmente da enteada de 10 anos após desenhos e cartas da menina alertarem a mãe dela. De acordo com as investigações, os abusos ocorriam há pelo menos um ano, ou seja, desde que a vítima tinha 9 anos. As informações são do portal UOL .
O crime acontecia na casa onde a mãe da vítima morava com o homem e outras duas filhas do casal, informou o delegado Willians Batista. A mulher percebeu um comportamento diferente da filha e começou a observar o jeito que o marido tratava a criança.
“No último ano a mãe começou a notar comportamentos estranhos tanto da criança quanto do companheiro. Por exemplo, ela via o homem com olhar e atitudes suspeitos perto da criança. Um dia a menina estava no banheiro sem roupa e ele muito perto dela. Ela então começou a perguntar para a filha, mas ela não respondia”, disse o delegado em entrevista ao portal UOL .
Pedido de ajuda
De acordo com a polícia, em depoimento, a mãe contou que, em um determinado dia, a menina escreveu: “Mãe, eu não aguento mais. O papai fica toda a hora passando a mão na [órgão sexual] e na última me machucou”. O delegado também afirmou que, além das cartas, a mãe também mostrou um desenho que a filha fez retratando os abusos sofridos.
“Ela faz dois desenhos mostrando uma figura grande, demonstrando um adulto, passando a mão nas partes íntimas de uma figura pequena. Ou seja, seria o pai – ela chama o padrasto de pai – passando a mão nela”, acrescentou Willians Batista.
O crime acontecia no momento em que a mãe da criança não estava. A família disse que o suspeito também ameaçava a menina caso contasse a alguém. A vítima realizou exames no Instituto Médico Legal (IML), onde foram encontradas lesões que demonstraram a violência sexual. O fato foi comunicado ao Conselho Tutelar, que passou a acompanhar a família.
Após denunciar o crime sofrido pela filha, a mãe da menina revelou que também foi vítima de violência sexual, psicológica e física durante o período de convívio com o homem. “O acusado costumava ameaçar a esposa e os demais membros da família com uma arma de fogo. Ele já possuía histórico criminal por violência doméstica”, acrescentou o delegado.
A Polícia Civil informou ainda que, “diante do exposto, tendo em vista o grande risco que as vítimas corriam, foi pedida a prisão do autor, que foi deferida pela Justiça”.