Governo lança campanha “Dezembro Vermelho” durante live sobre as ações de prevenção à AIDS e outras infecções
Dezembro é o mês em que o mundo inteiro volta a atenção especial na prevenção à AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis. No Brasil, a campanha “Dezembro Vermelho”, instituída pela Lei 13.504, também reforça a importância da conscientização e da busca pelo tratamento adequado. É com esse mesmo propósito, que o Governo de Rondônia, por meio do Núcleo de Vigilância, Prevenção das IST/Aids e Hepatites Virais da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agesiva) irá promover uma live temática, nesta terça-feira (1), na sua página social. Também estão sendo intensificadas as ações de prevenção e tratamento dessas doenças.
Este ano, a campanha dará ênfase à recomendação do diagnóstico através dos testes rápidos para HIV, Sífilis, Hepatites B e C para a população e o uso do preservativo. O foco principal é alertar o público a refletir as consequências negativas da relação sexual sem proteção. A live contará com a participação da diretora geral da Agevisa, Dra. Ana Flora Gerhardt, a médica infectologista do Centro de Medicina Tropical (Cemetron), Dra. Ester Aita e da enfermeira Nilda de Oliveira Barros, também coordenadora Estadual de Vigilância da Tuberculose.
A proposta da promoção da live é levar mais conhecimento à população sobre as ações de vigilância em saúde realizadas pela Agevisa, sendo voltada especialmente aos profissionais de saúde, mas acessível a quem tiver interesse em assistir a transimissão online.
A coordenadora Estadual de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, HIV e Hepatites Virais da Agevisa, Gilmarina Silva Araújo explica que o Governo do Estado tem fortalecido, a cada ano, as ações de combate a essas doenças. Com o atual cenário de pandemia essas ações serão organizadas de forma estratégica sem causar efeitos de aglomerações. “Nosso propósito é dar maior visibilidade para questões vivenciadas por pessoas que são expostas ao HIV e, também, aos pacientes que já vivem com Aids”, enfatizou.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, atualmente no país são mais de 960 mil pessoas vivendo com AIDS, e destes 80% sabem do seu diagnóstico. Em 2019, em Rondônia, foram analisados 2.438 casos que estavam fora de tratamento, desses, 96,1% foram identificados no SIMC (Sistema de Informação de Medicamento e Controle), e já estão em uso de medicamentos.
No Estado, existem diversos serviços implantados e insumos distribuídos para os 52 municípios:
- Em todos os municípios possuem testes rápidos para HIV, Sífilis e Hepatite B e C;
- 335 unidades de Saúde que realizam os testes rápidos;
- 10 SAE – Serviço de Assistência Especializada, sendo dois de fronteira internacional;
- 30 unidades dispensadoras de medicamentos;
- Mais de quatro mil pessoas fazendo usos de terapia antirretroviral (TARV) no Estado;
- 785 mil testes rápidos distribuídos em todo o Estado, sendo 123.800 para HIV;
- Mais de 6 mil preservativos masculinos, 180 mil preservativos femininos e 315 mil géis lubrificantes.
O Governo do Estado disponibiliza para a população, a Rede de Serviço de Assistência Especializada em IST, HIV/Aids e Hepatites Virais em Rondônia, nos seguintes municípios: Porto Velho, Guajará-Mirim, Ariquemes, Ji-Paraná, Rolim de Moura, Cacoal, Vilhena, Pimenta Bueno e Costa Marques. As equipes multidisciplinares estão preparadas para atender e acolher os pacientes que necessitam do tratamento adequado. A população pode procurar esses serviços apresentando a carteira do Sistema Único de Saúde (SUS) e documento pessoal. Além disso, o governo estadual disponibiliza o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), sendo um em Vilhena e outro em Porto Velho, na Policlínica Osvaldo Cruz.
CURIOSIDADES DA DOENÇA NO ESTADO
Os primeiros casos da doença iniciaram na década de 1980 e, em Rondônia, o primeiro caso foi notificado em 1984. Até 27 de novembro de 2020 foram contabilizados 7.067 casos ao longo desses 36 anos. A diretora geral da Agevisa, Ana Flora Gerhardt, ressalta a importância de se chamar a atenção sobre o assunto. “Percebemos pelos registros, um índice expressivo de pessoas com HIV positivo, que adoecem com tuberculose. Por isso decidimos convidar profissionais de Saúde e população em geral para reforçar a importância de prevenção”, diz a diretora. Todo esse cenário pode mudar, com prevenção, conscientização e a busca pelo tratamento adequado.