Polícia

Empresário faz “coleção” de mais de 800 cheques sem fundos

O empresário Nilson Teixeira, dono de alguns postos de combustíveis em Cuiabá, teve prejuízo de quase R$ 100 mil ao receber cheques sem fundos de clientes ao longo dos anos. De tanto receber cheques ‘voadores’, ele passou a fazer uma espécie de ‘coleção’ e chegou a cerca de 800 documentos.

De acordo com o empresário, os cheques têm valores entre R$ 30 a R$ 1,000. Ele considera que não vale a pena protestar, pois ele ainda sairia no prejuízo. Nesta semana, entretanto, ele resolveu desapegar dos cheques e fez uma postagem, em tom de brincadeira, afirmando que iria pagar seus credores com eles.

“Tenho uma boa notícia para vocês. Resolvi abrir a mão e pagar todo mundo. Todo mundo pode passar aqui no escritório que hoje todo mundo vai receber. Eu tenho aqui aproximadamente 800 cheques, que variam de R$ 30 a R$ 1,000. O mais novo deve ter em torno de 8 anos e os mais velhos com 14 a 15 anos”, brinca ele.

Ao

, o empresário disse que chegou ao ponto que ele vai desapegar dos cheques, que tem ‘entulhado’ as gavetas de seu escritório. De acordo com Nilson, os valores somados dos cheques dão o montante de R$ 65 mil, mas se considerar a inflação ao longo dos anos, o valor pode ultrapassar R$ 130 mil.

“Vou colocar fogo, fazer um churrasco deles. Não tem muito que fazer. O sistema de cobrança deles é muito complicado, tem que colocar em cartório e fica muito mais caro. Não adianta, tem que confiar na boa-fé do cliente. Se ele não cumprir, não tem o que fazer”, afirma.

Ele ainda disse que recebeu os cheques de boa-fé, uma vez que seus funcionários não perguntam como será o pagamento e que após colocarem o combustível, só resta aceitar a forma de pagamento.

“Geralmente, nem pergunta como vai pagar. É deselegante você perguntar. Primeiro você abastece, depois ela te dar o cheque. O que vai fazer? Você recebe. A gente usa o princípio da boa-fé, que as pessoas são corretas. Mas isso é uma minoria”, disse, ao comemorar o aumento de uso de cartões de crédito e débito, deixando de lado as folhas de cheques.

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