Polícia

Falso médico é preso aplicando exames em pacientes com câncer

Em seu veículo, uma caminhonete Ford Ranger, os militares encontraram luvas, seringas, tesouras e algodão

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Falso médico, que investiga a possibilidade de um paciente estar com câncer, é preso em flagrante pela Polícia Militar, em Cuiabá, na noite desta quarta-feira (29.07). É o segundo caso de prisão de falsos médicos na capital em menos de 10 dias.

A pessoa presa ontem é, na verdade, um farmacêutico. Os agentes foram informados por uma mulher que alegou estar sendo vítima de um golpe. Ela contou que o suspeito se apresentou como médico e estava fazendo exames para detectar a probabilidade de uma pessoa ter câncer. A mulher contou que participou, junto de familiares, do procedimento, com coleta de sangue, que até foi pago.

Desconfiada, a mulher pesquisou sobre a procedência do criminoso e descobriu passagens criminais por crime de estelionato. Passou a gravar as conversas e durante uma situação, acionou a PM.

Durante a abordagem, o suspeito confessou não ser médico e sim farmacêutico e que todos os exames realizados eram falsos.

Em seu veículo, uma caminhonete Ford Ranger, os militares encontraram luvas, seringas, tesouras e algodão que ele alegou comprar na farmácia para aplicar o golpe.

Na delegacia, foram constatados10 registros pelo mesmo motivo. Referente à carteira de médico, o homem disse que era falsa e teria pago R$ 400.

No dia 21 deste mês, uma cubana de 33 anos também foi presa em flagrante. Ela deixava uma academia de artes marciais no bairro Morada do Ouro. No fundo do estabelecimento ela atendia como médica, numa clínica improvisada.

A acusada foi alvo de uma operação da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) que recebeu denúncia anônima apontando que no endereço a imigrante exercia ilegalmente a função de médica.

Segundo as investigações, a acusada se apresentava nas redes sociais como médica em Cuiabá.

Todas as informações foram checadas, sendo realizadas diversas ações de investigação e de acompanhamento antes de realizar a detenção da falsa médica.

Na unidade policial, durante depoimento, a cubana disse que era formada em medicina pela Universidade de Las Tunas, em Cuba, porém, não se submeteu ao exame Revalida no Brasil, teste obrigatório para que médicos estrangeiros ou brasileiros formados em medicina em outro país tenham licença para atuar no Brasil.

A investigada também não possui registro no Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso e não tem vínculo com nenhum programa do Governo Federal, como o “Mais Médicos”, por exemplo.

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