Polícia

Mãe e avó são indiciadas por matar criança com 37 facadas

Na manhã desta terça-feira (27) a Polícia Civil de Minas Gerais realizou em Barbacena uma coletiva de imprensa sobre a apuração do homicídio cometido por uma mãe contra sua filha, uma criança de um ano e dois meses. A Polícia Civil indiciou a mãe e a avó da criança morta a facadas, conforme informou a Delegada Regional Flávia Murta. O laudo da perícia apontou 37 facadas na criança, resultado de violência doméstica, com crueldade, e sem chances de defesa da vítima.

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Segundo a delegada regional, a participação do pai foi descartada. Já a avó foi indiciada por omissão de socorro, uma vez que as investigações apontaram ser impossível a genitora da autora não ter presenciado a ação de onde ela alegava estar no momento. A avó da menina tinha elementos para realizar o socorro da criança de forma mais rápida, mas optou por buscar ajuda com terceiros o que levou cerca de 20 minutos.

Quando foi presa, a mãe da menina alegou surto, mas os profissionais de psicologia e psiquiatria que acompanham a mulher afirmaram que ela havia sido diagnosticada com transtorno bipolar. Pelo histórico médico, não é possível afirmar que a autora foi acometida de um surto.

A autora alega que a violência doméstica sofrida por ela seria a motivação para o crime, mas os registros da Polícia Civil apontam que havia somente uma ocorrência desta natureza envolvendo o casal, na semana anterior ao homicídio. Na ocasião foi concedida, inclusive, uma medida protetiva para a mulher que estava sendo descumprida. Desde então ela vinha sentindo-se pressionada a resolver a situação, já que o companheiro, e pai da menina, vinha fazendo contato com familiares para pegar seus pertences na casa.
A arma do crime não foi encontrada e a polícia não pode afirmar se foi utilizada faca ou tesoura. A mulher está recolhida no presídio de Juiz de Fora e deve ser transferida para Barbacena nos próximos dias. A PC pediu a prisão preventiva da mesma.

Participaram da coletiva a Delegada Regional Flávia Mara Camargo Murta, a Delegada responsável Amanda Sfredo Martins Prezotti, o Investigador Rosemberg Pereira e a Escrivã Isabel Cristina Moreira.

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