Agronegócio

Em Rondônia, pecuarista corajosa é sucesso no campo e nas redes sociais

 

O agronegócio é um segmento cada vez mais importante no Brasil. Além de representar quase ¼ da economia nacional, foi o único segmento que cresceu em 2020. Entre as principais fontes de emprego e renda do país, o campo não só se fortalece, como abre mais espaço para as mulheres. De acordo com o Censo Agropecuário de 2017, do IBGE, a participação da mulher no campo aumentou 38% no decorrer de 12 anos, sendo que 19% das propriedades agropecuárias são lideradas por mulheres.

As mulheres são muito mais que números na pecuária do Brasil. Embora alcancem 45% em presença no campo (entre pecuária e agropecuária), segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), elas despontam como empresárias determinadas a transformar suas propriedades em modelo de sucesso e sustentabilidade com aquele toque que somente uma mulher pode dar.

Pra ressaltar a importância das mulheres resolvemos criar uma série de reportagens “Agro e Mulher, uma combinação de sucesso”. Prepara-se para conhecer uma rondoniense de fibra. Com o versículo da Bíblia “E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará” (João 8:32) estampado no seu perfil do Instagram é que conhecemos Aliny Lacerda. Diretamente da Fazenda Estâncias Bruno em Seringueiras, Rondônia, que fica distante 535 quilômetros da capital Porto Velho. Ela trabalha com pecuária nas suas três etapas – cria, recria e engorda – e nos concedeu uma entrevista contando detalhes do seu dia a dia.

Dia-a-dia da mulher pecuarista Aliny nos contou um pouco de sua rotina, acompanhe – “Acordo sempre bem cedo com meu esposo, vamos ao curral tirar leite para o nosso consumo, venda e para tratar dos bezerros rejeitados ou que tiveram algum problema e não puderam ficar com as mamães, normalmente chamados de guachos (taí um exemplo de imprevisto que virou rotina).”

 

 

“Terminando o trabalho com as vacas leiteiras, vamos buscar os animais de trabalho (cavalos) para irmos fazer o rodeio no gado, principalmente na vaca Nelore de cria, que sempre é o lote de animais que requer maior atenção e cuidados com os nascidos que precisam ser laçados para os manejos iniciais, principalmente efetuar a cura do umbigo e algum medicamento injetável contra parasitas. Também ficamos de olho nas matrizes, caso alguma possa ter dificuldade ou atraso no parto em qualquer um dos estágios da parição, normalmente chamado de distorcia. Por fim salgamos os cochos, corremos as cercas para checar se não há pontos de ruptura e resolvemos os imprevistos diários com o rebanho.” Disse.

 

A pecuarista nos conta também que a propriedade trabalha com engorda de bovinos, e sempre está atenta para fazer o repasse dos animais, que geralmente dão menos trabalho, mas que a suplementação diária é importantíssima para manter a ganho de peso diário dos animais. O dia é corrido, a Aliny nos conta que além dessa propriedade faz o acompanhamento de outras 2 áreas, onde trabalham com vacas de cria e engorda de novilhas.

O esposo, Anderson de Bruno, elogia a fibra de Aliny.

 

“Minha esposa é meu braço direito na lida pelo fato de poder confiar nela totalmente, tanto pela capacidade para o serviço quanto para as responsabilidades que o serviço exige na parte administrativa. E quando preciso de opinião ela também está sempre pronta pra ajudar.”

Desafios da mulher na pecuária Segundo Aliny o principal desafio foi ter coragem de entrar em um ramo predominantemente de homens, e provar que não importa se você é homem ou mulher, que ambos têm capacidade de fazer o que cada profissão exige. “Ser mulher no agronegócio é um caminho de muita perseverança e vontade, faça tudo com amor e seja persistente no seu caminho. Nenhum desafio pode ser insuperável quando se faz o que ama. E lembre-se que cada uma é especial do seu jeito.”

“Então seja inspiradora, pois nós mulheres podemos buscar ser aquilo que desejarmos, podemos ser mulheres que inovam, que se aperfeiçoam e que conquistam. Acredito em uma frase bem-dita “lugar de mulher é onde ela quiser” e penso que no agro não é diferente! Entramos no agro para agregar! Afinal nós mulheres somos capazes sim, de cuidar dos afazeres da fazenda e com isso vencer o preconceito.” – finaliza Aliny.

 

Fonte: Compre Rural.

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