Imagens de satélite ajudará a conter o COVID-19
A pandemia causada pelo novo coronavírus pode provocar grandes danos não só no sistema de saúde, mas também afetar mercados econômicos por todo o mundo. Assim como cientistas de toda parte correm contra o tempo para produzirem um remédio para tratar a Covid-19, diferentes setores sociais se mobilizam para missão.
Uma vez que o processo para que um tratamento seja declarado eficaz é grande e passa por diferentes etapas, inúmeras ferramentas tecnológicas se apresentam como solução para amenizar a situação. É o caso, por exemplo, do sensoriamento remoto.
As imagens de satélites não podem ajudar diretamente no combate a doença, porém, podem ajudar autoridades em ações para evitar a expansão do vírus.”Com esse tipo de tecnologia é possível acompanhar a movimentação, o que está acontecendo no terreno observado, e assim saber se as novas regras de convívio social estão sendo respeitadas”, destaca Leonardo Barros, diretor executivo da Hex.
Além de fazer esse monitoramento quanto às regras de isolamento social, com o sensoriamento remoto é possível acompanhar ações de montagem e construção de estruturas voltadas para o combate das doenças, como hospitais, barreiras nas estradas.”Pode parecer um detalhe esta geração de dados, mas quando projetamos isto ao longo de todo o território nacional, municípios remotos, o geolocalização dos dados possibilita a visualização das informações de forma correta no mapa e, ainda, possibilita checar pelas imagens de satélite a realidade de campo”.
Diferencial
A geração de informação devidamente geolocalizada somada ao rastreamento e visualização de movimentações contraindicadas para o momento, como aglomerações, podem indicar situações de risco ou emergências a serem verificadas pelas autoridades competentes.
Por um lado, o geoprocessamento atribui aos dados, localizações geográficas e a partir disso possibilita o estabelecimento de correlações, indicando padrões e/ou anomalias de comportamento em determinada região. Por outro, o sensoriamento remoto por meio das imagens de satélite disponibiliza os acontecimentos, os detalhes dessas regiões apontadas. “O sensoriamento remoto fornece aos gestores visualização rápida de determinadas áreas, de forma ágil, e isso em um momento onde todos os recursos estão escassos. Essa tecnologia pode ser um auxílio importante nesse momento delicado para todo mundo”.
A geolocalização precisa dos dados (geoprocessamento), como por exemplo, incidência de novos infectados pelo vírus, aponta nos mapas as “manchas de calor” – pontos que mostram a intensidade da incidência da ocorrência e a tendência da propagação. E então, a partir da associação das imagens de satélites a estes mapas, pode-se verificar as condições de acesso, logística, de forma rápida, sendo informações importantes para guiar a tomada de decisões.