Agronegócio

Método de silagem em fardo com capim capiaçú é demonstrado a produtores rurais do Assentamento Santa Rita, em Porto Velho

O Governo de Rondônia, por meio da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) realizou nos dias 7 e 8 de abril, uma demonstração de opções de alimentação para o bovino leiteiro com informações sobre tecnologia de produção de silagem em fardo com o capim capiaçú, em uma propriedade do Projeto de Assentamento Santa Rita, em Porto Velho.

O extensionista da Emater, José Renato Alves, que coordenou a apresentação, explica que a ideia é fazer com que os produtores aprendam, na prática, a forma correta do preparo de silagem para os animais, “conferindo a altura ideal de corte, regulagem dos implementos, tamanho ideal de partícula, ponto de ensilagem, ou seja, o teor de matéria seca da planta; aplicação de inoculante específico, escolha do local adequado para construção do silo, tipos de silo e todos os cuidados a serem tomados para uma correta compactação e vedação”.

A demonstração da técnica ocorreu na propriedade da família Carrilho, que possui uma área de 0,5 hectares e 15 vacas em lactação, com uma produção diária de 160 litros de leite. O produtor, Sandrokcran Maciel Carilho, conta que conheceu o processo de silagem enfardada pela internet. “Eu achava que dava muito trabalho, que ia ser caro a máquina”, diz. Mas em conversa com outros produtores, foi buscar orientação com técnicos da Emater e conseguiu, por meio da associação dos produtores rurais do Assentamento Santa Rita, uma prensa, dando início ao procedimento. “Hoje eu vejo que é mais prático do que eu pensava”.
Hoje, Carrilho, é pioneiro na região em implantar a tecnologia de silagem em fardo com o capim capiaçu. O método prevê a prensa do material em sacos e estocados para alimentação dos animais no período de estiagem. Para o produtor, além de garantir a alimentação dos animais, essa é uma excelente oportunidade para quem quer aumentar a fonte de renda.

Carrilho incentiva outros produtores rurais a iniciarem essa prática de silagem enfardada. Segundo ele, não é só quem cria animais que deve fazer a silagem. “As pessoas que têm um pedaço de terra e quiser, pode fazer também, porque não dá trabalho e é uma fonte de renda; pode vender para outro produtor que não conseguiu produzir o suficiente”.

De acordo com o extensionista da Emater, José Renato Alves, a silagem fardada nada mais é que um processo em que a forragem com maior umidade é embalada com plástico especial, a fim de criar um ambiente onde seja possível sua fermentação e conservação por um longo período. “Por meio de uma prensa é feita a compactação e amarrio, o produto é armazenado em estoques, por meio de empilhamento”.

A demonstração de métodos contou com a participação de acadêmicos de agronomia e estagiários da Emater, que estão aprendendo a técnica para futuramente repassar a seus assistidos. Com a produção de silagem em fardo ajustada, por meio de ração balanceada (dieta completa) produzido, Carrilho pretende elevar a produção leiteira em mais de 50%, passando dos atuais 160 litros de leite/dia que tira com suas 15 vacas para 250 litros de leite/dia, mantendo o mesmo número de animais.

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