Questionário epidemiológico de biosseguridade do Mapa é aplicado pela Idaron em 400 propriedades rurais de Rondônia
Em Rondônia, 400 produtores rurais estão respondendo a um questionário epidemiológico de biosseguridade aplicado, em uma ação conjunta, pelo Governo de Rondônia e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A iniciativa tem objetivo de fazer um levantamento sobre o sistema de manejo e procedimentos adotados em cada propriedade rural para, posteriormente, estabelecer novas diretrizes visando mitigar o risco de introdução e disseminação de vírus ou doenças, que possam acarretar prejuízos econômicos ao Estado. A coleta de dados começou em julho e deve seguir até 30 de setembro.
Os profissionais da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado (Idaron) estão visitando as propriedades para colher as informações. Conforme o veterinário da Idaron, Bruno Pinho, a participação dos produtores e pecuaristas consiste em responder 50 questões em menos de 30 minutos. “Todos os dados coletados serão mantidos em sigilo absoluto, servindo apenas para avaliação coletiva, a fim de determinar quais são os principais procedimentos adotados nas propriedades”.
Ainda segundo o servidor, nenhuma resposta dada acarretará prejuízo ou penalização ao dono da propriedade, nem neste momento e nem no futuro. “Na verdade, quanto mais precisas forem as respostas, maior será sua contribuição para construirmos um cenário de políticas públicas possíveis de serem implantadas no Estado, em ações conjuntas com Ministério da Agricultura, que tem por objetivo melhorar os procedimentos adotados pelos produtores rurais no Brasil”, detalhou Bruno.
A partir dos resultados, um relatório será construído pela Divisão de Defesa Sanitária Animal do Mapa e enviado aos órgãos estaduais de sanidade animal participantes do estudo, para discussões internas, tomada de medidas e divulgação local.
Das propriedades rondonienses contempladas com a ação, 12 são de Ji-Paraná. A amostragem foi definida levando em consideração a proporção de propriedades existentes em relação ao total do Estado. Elas foram divididas em categorias, conforme o rebanho existente, já que as medidas de biossegurança previstas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (Pnefa) preveem ações como essa, tendo em vista a conquista de um novo status sanitário a Rondônia, de área livre de aftosa sem vacinação.
O código zoosanitário internacional da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) é bem claro quanto às medidas rigorosas de biosseguridade para mitigação de risco e das vulnerabilidades à área livre sem vacinação, em Rondônia e Acre, que compõem o bloco 1. “Com isso, elevar-se-á qualitativamente nossa capacidade de trabalho, bem como as ações de fiscalização da agência Idaron”, disse o veterinário da Idaron, Bruno Pinho.
O principal objetivo da aplicação do questionário é ter um raio x da situação na pecuária, definindo estratégicas futuras a fim de evitar a possibilidade da entrada e disseminação de doenças infecciosas, provenientes de bactérias ou outros agentes patológicos e que se proliferem em uma fazenda ou granja.
“As ações preventivas de biosseguridade na produção animal requerem que os produtores cumpram os quesitos necessários com o objetivo de eliminar os riscos de contaminação dos animais, preservar a saúde e garantir a segurança durante cada etapa de produção. Essas práticas devem ser combinadas com o controle no fluxo de animais entre as várias fases da vida, com o uso de bem-estar animal, capacitação dos manejadores e sistema de gestão da qualidade”, disse Bruno.
O questionário traz uma serie de perguntas, como: nome do proprietário e localização do propriedade; quantidade de rebanho; a situação da porteira de acesso se estava com ou sem cadeado; grau de escolaridade do dona da propriedade; se tem outras propriedades; qual área utilizada para criação de bovinos; sistema de produção (ciclo completo – cria – engorda ou recria); frequência com que recebem assistência técnica ou visita de zootecnista ou agrônomo e etc.