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ANIVERSÁRIO Alta Floresta do Oeste faz 35 anos, consolidando antigo fluxo migratório rumo ao Vale do Guaporé

O município de Alta Floresta do Oeste, a 415 quilômetros de Porto Velho, faz 35 anos hoje. É um dos maiores do Estado de Rondônia, com 7,06 mil km², e tem 22,7 mil habitantes.

Quando a frente migratória rumo ao Vale do Guaporé estava no auge, no biênio 1995-1996, o antigo núcleo populacional já caminhava para ser importante polo agrícola e comercial na Zona da Mata do Estado, limitando-se com Alto Alegre dos Parecis, Nova Brasilândia D’Oeste, Novo Horizonte do Oeste, Rolim de Moura, São Francisco do Guaporé, São Miguel do Guaporé e Costa Marques.

Entrou para a história amazônica ocidental, também, pelo fato de sediar as Terras Indígenas Massaco e Rio Branco. Massaco se destaca por ser a primeira reserva nacional a ser demarcada, mesmo antes do contato com os indígenas. Na T.I. Rio Branco (236,1 mil ha) estão indígenas Aruá, Dyaroy, Djeoromiti, Kanoé, Kampé, Arikapú, (Jaboti), Makurap, Sakirabiak, Tupari e Wayuru (Ajuru).

Alta-florense é o gentílico que denomina os nascidos em Alta Floresta, onde a taxa de escolarização municipal é de 95,7%. O percentual foi coletado antes da pandemia mundial do coronavírus.

Em novembro do ano passado, o Governo de Rondônia, via Secretaria de Estado da Educação (Seduc), entregou na Escola Estadual de Ensino Fundamental Euridice Lopes Pedroso, diversos bebedouros industriais; refrigeradores para escolas em tempo integral; kits equipamentos de som; notebooks para sala de recursos; computadores; projetores multimídia; armários deslizantes; balanças eletrônicas; batedeira e liquidificadores industriais. Bem como, para as demais escolas da Rede Estadual da região.

Os estudantes que se destacaram no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, também foram homenageados durante a solenidade de entrega dos investimentos do Poder Executivo. Jaqueline de Oliveira Ceccon, 18 anos, foi uma das alunas da região que se destacou alcançando 960 pontos no Enem 2019. Ela recebeu homenagem durante o ato de entrega dos investimentos.

Brevemente, o município ganhará assistência da Superintendência Estadual de Turismo (Setur), cujo plano estadual em aprovação na Assembleia Legislativa contempla todos os atrativos naturais de Rondônia, reconhecidos internacionalmente, a exemplo da “Pirâmide do Condor”, no distrito de Izidrolândia, percorrida e medida pelo falecido bioquímico e pesquisador autônomo, Joaquim Cunha da Silva, em 2010. Ela é formada por paredões gigantescos e pequenas escadas de pedras provavelmente milenares.

Assim como Joaquim Cunha, outro personagem importante para a região foi Rieli Franciscato, que antes de morrer, aos 56 anos, o indigenista histórico da Fundação Nacional do Índio (Funai), que defendia o território dos Uru-eu-au-au, deixou uma frase célebre no município:

“O que eu quero para o futuro é que isso continue preservado. Não só para os ‘índios’ mas para a população do entorno, que é beneficiada pela floresta”

 

MELHORIAS 

No final de 2020, o Departamento de Estradas de Rodagem e Transportes (DER) colocou 25 pranchas na ponte sobre o rio Figueira, no Km 20 da RO-383 (linha 47,5) no trecho que interliga Alta Floresta do Oeste ao distrito de Nova Gease. Neste mês de maio, substituiu  uma tora de madeira ocada que servia como bueiro, por um tubo de aço corrugado (armco), de 9m de comprimento por um de diâmetro, na rodovia RO-135 no Km 46, distrito da Vila Marcão.

Desde 2018, associações de Alta Floresta do Oeste dispõem do Certificado de Registro no Sistema Integrado de Parcerias e Descentralização da Execução das Políticas Públicas e Serviços não Exclusivos do Estado (Sispar). São 250 famílias do perímetro urbano e da zona rural do município em condições de executar suas atividades em favor dos associados.

RIQUEZA AGROPECUÁRIA

A agropecuária em franca expansão, destacando-se a criação de gado de corte, gado leiteiro, e lavouras de café, tem exigido do Governo Estadual especial atenção para a assistência técnica e de saúde aos moradores. A receita de R$ 61,1 milhões e o PIB per capita de R$ 21,5 mil se assentam em números pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): 1,4 mil toneladas de peixes diversos; 428,9 mil cabeças de bovinos; ovinos e suínos, 4 mil cada, 7,1 mil litros de leite de vaca; cerca de 200 búfalos e igual número de caprinos; 5,4 mil equinos; e 57,6 mil galináceos. Abelhas ainda encontram flores e árvores para polinização, oferecendo aos apicultores 2,8 mil litros de mel.

Destaque no concurso anual de produtividade promovido pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), a lavoura cafeeira cresce a cada safra em Alta Floresta. Alcançou 15,3 mil t em 2019, colhidas em 5,9 mil hectares, com rendimento médio de 2,5 mil/ha. Na diversificação, cultiva 27 ha de guaraná que renderam 7t; 33 ha de limão, 65t de urucum, 64 mil cocos da Bahia, 56 ha de maracujá, com rendimento de 9,3 kg/ha; 36t de goiaba.

Laranjais produziram 275t em apenas 25ha, com rendimento médio de 13,7 kg/ha. E o mamão em apenas 2 ha rendeu 33t, acreditando-se, na Emater, que esse plantio possa ser bem maior, e da mesma forma, o maracujá.

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PIB: R$ 21,5 mil
Renda per capita: R$ 12,2 mil
IDH: 0,715 (alto)

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