“APOLOGIA AO ESTUPRO”: Padre da igreja católica que disse que menina que fez aborto ‘gostava de dar’ é investigado
Ministério Público de Mato Grosso requisitou a instauração de um procedimento investigativo criminal contra o padre Ramiro J. P., de Carlinda (762 km ao norte de Cuiabá) após ele postar nas redes sociais que a criança de 10 anos, estuprada por 4 anos no Espírito Santo, e que chegou a engravidar do tio, “gostava de dar”. O MP, por meio da promotora de Alta Floresta, Laís Rezende, quer que a Polícia Civil investigue ” possível cometimento de crime de apologia ao estupro, na modalidade de incentivo”.
O MP ainda enviou à igreja um ofício para que informe as providências administrativas de apuração da conduta do pároco.
O Ministério Público informou que, quanto aos danos individuais, causados à vítima, estes devem ser apurados no local em que a família tomar conhecimento dos fatos.
Entenda o caso
O padre postou, na início desta semana, uma mensagem contra o aborto, porque a criança foi submetida ao procedimento com autorização judicial. Nos comentários, internautas criticaram o padre. Foi quando ele fez os comentários afirmando que a criança “gostava de dar”.
O Pároco foi afastado da igreja, mas ainda não foi informada nenhuma decisão definitiva.
Após a repercussão negativa, o padre publicou uma nota admitindo que foi o autor dos comentários – antes ele havia negado – e pediu desculpas.
OUTRO LADO
O tentou falar com o advogado da Mitra Diocesana de Sinop, Cláudio Alves Pereira, e com o bispo Canísio Klaus, mas não conseguiu até a publicação desta matéria.