Conheça sete curiosidades incríveis sobre a “gelada”
Não é preciso dizer que cerveja é uma paixão nacional. Mesmo que você não goste da bebida, sabe que ela acompanha os melhores momentos do brasileiro: o happy hour, o almoço de domingo, o futebol, o samba, a praia e até mesmo a novela das oito. Esse prazer com a bebida se reflete em números: uma pesquisa feita pela Opinion Box Insights revelou que 45% dos brasileiros bebem cerveja pelo menos uma vez por semana
Outro estudo, realizado pelo e-commerce Clube do Malte sobre o “Comportamento Cervejeiro Brasileiro: Uma Pesquisa sobre Hábitos de Consumo no País”, revelou que, entre os entrevistados, a maior parte (93,2%) considera cerveja sua bebida predileta. Quanto ao melhor momento para apreciar a gelada, a pesquisa apresenta que beber e comer (88,8%) está entre os grandes prazeres da humanidade e é a principal atividade que o consumidor gosta de fazer em seu tempo livre.
No Brasil, as versões artesanais – com seus diversos estilos e misturas cada vez mais interessantes de ingredientes – ganham todos os anos maior espaço e notoriedade nas gôndolas dos mercados e nos copos dos cervejeiros.
Nesta sexta-feira (7/8) se comemora o Dia Internacional da Cerveja. A data existe desde 2007 e foi criada numa mesa de bar nos Estados Unidos, quando os amigos Avshalomov, Evan Hamilton, Aaron Araki e Richard Hernandez iniciaram a promoção da data, e logo ganharam adeptos de cerca de 50 países. Então abra uma lata, uma long neck, um litrão, peça um chope, encha o growler: não interessa como, mas hoje é dia de erguer um brinde à bebida alcoólica mais vendida no mundo lendo algumas das curiosidades que o Metrópoles reuniu sobre a gelada. Confira:
Cerveja estupidamente gelada prejudica a degustação
É exatamente isso que você leu! No Brasil, o clima quente acostumou o público a tomar cerveja muito gelada. Isso torna os aromas da bebida menos voláteis e, por isso, menos perceptíveis. Além disso, esse hábito amortece as papilas gustativas, nos impossibilitando de sentir nuances importantes no momento da degustação.
“A temperatura ideal para servir a cerveja varia conforme o estilo. Alguns deles a gente indica beber um pouco mais gelados – mas nunca abaixo de 0°C -, outros apenas resfriados, podendo chegar até 16°C”, pontua Luiza Lugli Tolosa, sócia-fundadora da cervejaria Dádiva.
A lata é mais sustentável do que o vidro
A consultoria internacional de sustentabilidade Resource Recycling Systems constatou que a lata de alumínio é a embalagem mais sustentável e com maior índice de reciclagem do mundo – 69%, contra 43% do PET e 46% do vidro. E o Brasil é líder mundial nessa forma de reciclagem.
De acordo com a Ball, líder mundial em embalagens sustentáveis de alumínio, a migração do envase em garrafas para latas começou de forma tímida em 2015, quando começaram a surgir as primeiras cervejas artesanais brasileiras em lata. “Hoje, com o perfil do consumidor moderno buscando novas experimentações, as cervejarias artesanais têm um papel importante, de valorizar o momento de consumo, atentando para sabor, com adição de novos ingredientes e variedade. A lata tem então se tornado a opção de embalagem para diversas marcas”, declarou a empresa.
Segundo a marca, além de ser conveniente e se adaptar a qualquer situação de consumo – o que muito agrada ao público – este tipo de embalagem protege completamente a bebida dos raios UV, preservando o seu sabor. Outra vantagem é que a lata não transmite sabor à bebida, pois o produto não entra em contato com o alumínio, uma vez que é selada internamente por um verniz inodoro que protege o líquido.
Além disso, por ser feita de alumínio, a lata gela mais rápido, chegando à temperatura ideal para consumo da cerveja 37 minutos mais rápido do que a long neck, por exemplo. Este fator também gera uma economia de energia.
Cerveja combina com o frio (tanto quanto o vinho)
Segundo Luiza, as pessoas costumam associar muito o frio com o vinho, mas há estilos de cervejas complexos, encorpados e de alta graduação alcoólica (como as Barley Wines, as Stouts, as Weizenbocks, entre outras) que são perfeitos para o outono/inverno. Alguns exemplos trazem na receita, inclusive, ingredientes como café, chocolate e frutas típicas de climas frios.
A combinação de cervejas e queijos harmoniza bem
Apesar de o vinho ser visto como complementar ideal de queijos, também nesse papel a cerveja tem um grande desempenho. “Existem inúmeros estilos de cervejas e alguns deles trazem grande complexidade, o que torna a brincadeira de harmonizá-los com os queijos muito interessante. Além disso, a carbonatação da cerveja entra como agente de limpeza das papilas gustativas, algo muito útil na combinação com queijos gordurosos”, explica a especialista.
Para quem não está iniciado no universo dessas harmonizações, o ideal é pensar de forma bem básica: queijos mais leves com cervejas mais leves; queijos pesados, gordurosos, duros e cascudos combinando com cervejas mais fortes. “Ah, e uma dica valiosa: procure degustar primeiro o queijo e depois a cerveja”, complementa Tolosa.
Cerveja e charuto também formam um par perfeito
No caso do charuto, ao contrário, o ideal é saborear a cerveja antes de baforar no charuto e fazer essa combinação lentamente, sem pressa. Em geral, a harmonização é feita por semelhança e de forma que os sabores se complementem, embora não seja incomum a combinação por contraste.
Existem cervejas escuras que são perfeitas para serem degustadas nos dias mais quentes
Costuma-se associar cervejas escuras aos dias frios, mas são outras características que vão ditar isso, e não a coloração. “Entram na análise o corpo da cerveja, o teor alcoólico, a complexidade. Existem cervejas claras que trazem sensação de aconchego nos dias frios e cervejas escuras leves que são perfeitas para as estações mais quentes”, frisa a expert.
O copo influencia no momento da degustação
E não é pouco! A taça ou copo em que você coloca a cerveja pode influenciar, inclusive, na retenção de espuma da cerveja e nos aromas que sentimos ao degustá-la.