Reabilitação socioeconômica para pessoas com Hanseníase em Rondônia se destaca entre projetos mais inovadores do país
A proposta de “Reabilitação Socioecnômica” para pessoas afetadas pela Hanseníase em Rondônia se destacou na lista dos 10 projetos brasileiros considerados as soluções mais inovadoras de 2020, e que contribuem para a produção de importante impacto socioambiental positivo no Brasil. O grupo de trabalhos da sociedade civil para a agenda 2030 (GT Agenda 2030) e o Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), em parceria com a Agência São Paulo de Desenvolvimento (ADE Sampa), divulgaram o projeto da Organização não Governamental (ONG).
Representando o norte do Brasil, Rondônia apresentou a proposta de “Reabilitação Socioeconômica”, que se estende por Porto Velho e as principais cidades do Estado, como Ariquemes, Ji-Paraná e Cacoal, onde o objetivo é trabalhar na reabilitação socioeconômica de pessoas afetadas pela Hanseníase que foram afastadas do trabalho e sofreram estigma em função da doença.
O edital recebeu cerca de 100 propostas e as selecionadas vieram das cinco regiões do país, propondo melhorias que aplicam na prática um ou mais objetivos de desenvolvimento sustentável para uma possível recuperação verde da economia.
Para Alexandre Menezes, diretor nacional da NHR Brasil (Netherlands Hanseniasis Relief), uma organização não-governamental que luta por um mundo livre da Hanseníase e das exclusões causadas pelas deficiências, a importância do Governo do Estado para o feito foi prescindível.
“O projeto de Reabilitação Socioeconômica ter sido escolhido entre as 10 soluções mais inovadoras no Brasil em 2020 reitera relevância dessa estratégia, que visa sobretudo resgatar a capacidade de gerar renda, promover o reencontro com a autoestima e estimular a lutar contra o estigma para pessoas afetadas pela Hanseníase. Além disso, esse prêmio ressalta a força da parceria (ONG e Governo). O trabalho integrado com o Governo de Rondônia e governos dos municípios, que influencia de forma decisiva na sustentabilidade da proposta, está alinhado diretamente com diferentes objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, frisou Alexandre.
A coordenadora Estadual de Hanseníase da Agevisa, Albanete Mendonça, disse que os projetos que incluem tanto a área de gastronomia quanto em bio joias foram selecionados entre os 10 e apresentados no seminário como solução inovadora, porque apresentaram resultados satisfatórios e produtivos para os portadores da doença.
“Nosso Estado está sendo representado por uma iniciativa que beneficia muitas pessoas. Já tínhamos relatos de beneficiários do curso de gastronomia, que na venda do que produziam, como bolo, brigadeiro de mandioca à torta e sucos, resultados do que aprenderam no livro de receitas com a nutricionista, além de todas as medidas de higiene e orientação que foram dadas durante os cursos, temos a história de uma beneficiaria de Presidente Médici, que conseguiu pagar as parcelas e comprar a casa dela. São relatos que a gente vê o beneficio na melhora da auto estima, na inclusão social, com uma historia maravilhosa de superação”, enfatizou a coordenadora.