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Dia das Mães: Apenas 54% das mulheres com crianças menores de 03 anos trabalhavam em 2019 segundo IBGE

Socióloga da Unir aponta a necessidade de políticas públicas e privadas para redução da desigualdade de gênero
Em empresas privadas, como a Energisa, benefícios contribuem para conciliar maternidade e carreira

Apenas 54,6% das mulheres com filhos até três anos estavam trabalhando em 2019. O número é menor daquelas sem filhos na mesma faixa etária (67,2%) e quando comparado com os homens (89,2%) que conviviam com crianças de até três anos no mesmo domicílio. Os dados são do estudo Estatísticas de Gênero do IBGE e provocam a reflexão nesse Dia das Mães sobre o desafio diário de mulheres da conciliar maternidade e carreira.
Segundo a socióloga, doutora em Sociologia e professora no Departamento Acadêmico de Ciências Sociais da Universidade Federal de Rondônia – UNIR, Barby de Bittencourt Martins, dentre os fatores mais importantes que afastam a mulher do mercado de trabalho estão: responsabilidade pelo cuidado de filhos e/ou outras pessoas; ausência de políticas públicas para mulheres; ausência de políticas públicas que promovam igualdade de gênero; insuficiência de políticas públicas de educação e saúde; empresas que invistam na contratação de mulheres.
Barby reitera que o Estado tem papel importante na promoção de políticas públicas que invistam na desigualdade de gênero, mas as instituições privadas também devem agir. “As empresas devem investir em programas integradores das diversidades sociais nas empresas, grupos de mulheres que promovam espaços de debate sobre a conciliação trabalho-maternidade; espaços kids; auxílios-creche; flexibilização da carga horária, entre outras”, explicou.
Ter uma carreira de sucesso e uma família sempre estiveram nos sonhos da técnica em eletrotécnica Priscila Cristina Brito dos Santos, que atua no Grupo Energisa há 10 anos. Sua carreira na distribuidora começou como atendente de telemarketing no Call Center em Sergipe, onde permaneceu por três anos. “Já nos primeiros dias no emprego fui incentivada a almejar o crescimento profissional. Recebi uma bolsa de estudos do Grupo Energisa para o curso técnico em eletrotécnica e aproveitei a oportunidade para me capacitar e crescer na empresa. Com a formação técnica, participei do recrutamento interno e fui selecionada para atuar no laboratório de medição como auxiliar técnico. Com trabalho e dedicação, posteriormente fui promovida para o cargo de supervisão em Rondônia, onde estou atualmente”, disse. Pesquisa do Linkedin ranqueou a Energisa como a 16ª empresa mais desejada pelos brasileiros para trabalhar e construir carreira. A seleção é publicada pelo LinkedIn no Brasil desde 2016 que indica as 25 Top Companies.
Quando a maternidade chegou, Priscila se sentiu encorajada a conciliar carreira e família. “Ter benefícios como plano de saúde para meus dependentes e auxílio creche me deram tranquilidade para continuar me dedicando à profissão, sabendo que minha família está assistida”. A promoção à supervisão veio após dois anos do nascimento de seu filho Apolo, atualmente com cinco anos de idade. “Aqui na Energisa os colaboradores são avaliados pela sua formação e competência. Somos vistos como pessoas, com características diferentes que se somam. A nossa diversidade é a energia que nos impulsiona”, frisou. Antes da pandemia, Apolo frequentava a creche em período integral. Nesse momento de isolamento social, a divisão de tarefas domésticas com o marido tem sido essencial. Em Rondônia, 46 % das colaboradoras da concessionária de energia tem filhos menores de 18 anos, sendo cerca de 8% tem até 3 anos. No prédio administrativo da concessionária foi construída sala de amamentação com infraestrutura para que mãe e filho tenham conforto no retorno da licença maternidade.
Para o futuro, Priscila sonha em continuar crescendo e atuando na concessionária. “Agora estou cursando administração com o apoio da bolsa de estudos da Energisa. Depois de formada, daqui um ano, quero concorrer a outros cargos ligados a gestão. E claro, se Deus abençoar, expandir a família. A maternidade me ajudou a ver o mundo um pouco diferente e até a ser uma líder melhor”, conclui.

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