Endividamento cresce e atinge 79% das famílias brasileiras. Saiba as causas!
Nunca os lares brasileiros estiveram com orçamento tão comprometido como agora. A falta de educação financeira impede a boa gestão do orçamento mensal principalmente das famílias de baixa renda.
O resultado é um número recorde de inadimplentes no país, como mostra a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços e Turismo (CNC) divulgada em agosto deste ano.
Segundo o estudo, o número de famílias endividadas atingiu 79% do total de lares no país. Para chegar a esse indicador, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da CNC considera dívidas a vencer no cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa.
O número de pessoas que atrasaram o pagamento de contas de consumo ou de dívidas também cresceu em no mês de agosto, alcançando 29,6% do total de famílias no país. A segunda alta consecutiva levou o indicador ao maior percentual da série histórica iniciada em 2010.
A pesquisa realizada pela CNC aponta ainda que, entre as principais causas para o aumento do endividamento, está a injeção extra de renda às famílias, como os saques do FGTS e antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS. A alta do volume de famílias com contas atrasadas deu-se tanto nas famílias de maior renda quanto nas famílias de baixa renda. Mas foi maior nesta última, isso mostra os desafios que os consumidores enfrentam para administrar suas finanças.
Muitos dos problemas financeiros que as famílias brasileiras estão enfrentando acontecem por falta de atenção ao orçamento mensal. Elas acabam deixando de fazer uma lição básica para a saúde financeira que é não gastar mais do que ganham, o que deixaria as contas no azul. No entanto, acabam se iludindo com supostas vantagens oferecidas em produtos financeiros.
As pessoas deixam se levar pela quantidade de parcelas e não se atentam aos juros embutidos e o valor final a pagar. E, quando se vê, o salário mal dá pra comprar o básico dentro de casa.
Os transtornos de toda a família poderia ser evitada se a educação financeira fosse um assunto ensinado e debatido desde cedo com todos os membros da casa. E vai muito além de apenas cortar gastos e juntar dinheiro. Se trata de conhecer as prioridades e sonhos de cada um. Com isso, fica mais fácil focar naquilo que importa tendo consciência onde quer chegar. O resultado é crescimento pessoal e estabilidade financeira e emocional.
Uma vez que estando com todas as contas sob controle e ainda sobrando para o futuro e para o lazer é possível viver com tranquilidade. Afinal, ninguém consegue dormir pensando nas dívidas acumuladas e as contas no vermelho.
Muitos são os meios possíveis para se educar financeiramente. Na internet é possível encontrar vasto conteúdo sobre o assunto e especialistas que orientam sobre formas de economizar e investir. Exemplos são os canais Me Poupe; O Primo Rico, Quero ficar rico e Economirna.
Abaixo ficam algumas dicas de como melhorar suas finanças:
– Conheça seus gastos
– Viva com menos dinheiro do que você ganha;
– Defina objetivos e metas;
– Reveja seus hábitos de consumo;
– Faça uma reserva de emergência;
– Poupe dinheiro;
– Pesquise sempre;
– Fuja das dívidas altas;
– Renegocie dividas;
– Registre todas suas despesas;
– Pense a longo prazo;
– Invista seu dinheiro;
– Leia livros sobre educação financeira.