Fiocruz investiga dois casos suspeitos de mal da vaca louca em humanos no Rio de Janeiro
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) investiga dois casos suspeitos do mal da vaca louca em moradores da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Os pacientes estão internados, em isolamento, no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), na Zona Norte do Rio. As informações são do G1.
Em nota, a Fundação confirmou que “o INI/Fiocruz recebeu dois pacientes com suspeita de encefalopatia espongiforme bovina, popularmente conhecida como ‘doença da vaca louca’. Ambos estão internados no Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19 do INI”.
O órgão não divulgou há quanto tempo os pacientes estão internados, nem onde ocorreu a suposta contaminação. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio, um deles reside em Belford Roxo e o outro em Duque de Caxias.
Doença cerebral, degenerativa e fatal, o mal da vaca louca afeta gado e pode infectar humanos se houver o consumo da carne contaminada. A doença ficou conhecida nos anos 1980 e 1990 depois de um surto no Reino Unido, época em que milhões de cabeças de gado fossem abatidas.
Em setembro deste ano, o Ministério da Agricultura e Pecuária havia confirmado dois registros da doença em animais em Belo Horizonte (MG) e Nova Canaã do Norte (MT).
O órgão classificou os casos como atípicos e sem risco à saúde pública, mas as exportações de carne bovina do Brasil para a China foram suspensas.
SINTOMAS
Os sintomas da doença podem ser confundidos com os da demência e incluem:
Perda da capacidade para fazer movimentos coordenados
Perda de memória
Dificuldade para falar ou pensar
Dificuldade para caminhar
Ansiedade e depressão
Tremores constantes
Visão turva
Insônia
COMO SE PREVENIR?
A prevenção da manifestação da doença deve ser feita pelos criadores de gado, tomando medidas como evitar inserir proteínas animais na alimentação do rebanho e estar sempre atento ao rótulo das rações para se certificar se é permitido o uso bovino.
A infecção do gado, nos casos clássicos, pode ocorrer após a ingestão de rações com farinha de carne ou osso de outras espécies. Esse tipo de ingrediente é proibido no Brasil.
A população deve se prevenir da doença se certificando da qualidade das carnes que são ingeridas e evitando comer proteínas animais de origem desconhecida.
Por Diário do Nordeste