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Não tenha medo de falar da morte… só não exagere!

Li a manchete esta semana, mas não quis entrar em detalhes, até porque os detalhes realmente não me interessavam, sobre a morte trágica de um pastor evangélico na cidade de Ji-Paraná -não pelo protagonista do episódio, que eu nem conhecia. Foi pelas circunstâncias mesmo

Talvez muitos não saibam, mas existem recomendações de entidades respeitadíssimas mundo afora para que os casos de suicídios sejam noticiados com discrição e cuidado. Foi o caso na cidade da região central.

É uma tentativa de minimizar esta tragédia humanitária cotidiana, provocada pelos mais variados fatores. Não tem funcionado como todos esperávamos, mas nos vemos na obrigação de seguir tentando minimizar os impactos destes gestos extremados de dor e angústia.

Falar da morte não é fácil para ninguém, seja médico jornalista ou qualquer outro profissional supostamente preparado. Porém, lidar com a partida, tão certa quanto a chegada, é mais difícil ainda.

Mas, durante esta pandemia de Covid-19, talvez devamos todos refletir e falar sobre o tema. Não para assustar as pessoas, com previsões catastróficas baseadas em crendices e boatos. Nem para levar à omissão e ao descuido, como se houvesse alguém imune a doenças.

Com equilíbrio e honestidade, até um assunto desagradável, quase um tabu, pode permitir que dele se extraia alguma lição. A morte é esse assunto, que apavora e quase sempre constrange.

Rotina na vida de homens e mulheres, desde que o primeiro casal foi expulso do Eden, este destino ao qual a ninguém é dado o privilégio de escapar é, como diria o sabido Chicó, personagem de muitas mentiras e uma verdade dolorida: “…a marca do nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo, morre”

Todo o arrazoado filosófico-existencial acima para finalizar com uma esperança e um alerta: segundo pesquisas e exemplos de outros países, a maioria de nós escapará da morte pelo Coronavírus. Ela levará uma minoria, mas não dá pra saber quem estará entre os sobreviventes e os que tombarão. É por isso que devemos TODOS nos cuidar!

AUTOR: DIMAS FERREIRA

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