Pena de morte: brasileira presa na Tailândia largou emprego de carteira assinada
Mary Hellen Coelho Silva, a jovem de 21 anos presa na Tailândia após ser flagrada com 15,5 quilos de cocaína no Aeroporto de Bangkok, largou um emprego com carteira assinada no Brasil antes e viajar.
A jovem vivia em Pouso Alegre, em Minas Gerais, com a mãe e quatro irmãos. Sua mãe está em tratamento para um câncer de útero.
Mary Hellen trabalhava em uma churrascaria da cidade com carteira assinada. Segundo sua irmã, Mariana Coelho, a jovem pediu demissão poucos dias antes de viajar para Curitiba.
A jovem foi presa em 14 de fevereiro, junto com outros dois homens que estavam com ela. Ela está sendo investigada por tráfico de drogas, crime que pode dar a pena de morte no país asiático.
O voo de Mary Hellen saiu de Curitiba, no Paraná. Ela chegou acompanhada de um homem de 27, que não teve a identidade informada, que também foi preso.
Família não sabia de envolvimento
“Nosso objetivo é que ela não pegue a prisão perpétua ou pena de morte”, declarou a irmã da jovem Mariana Coelho, em entrevista ao portal G1.
Mariana, que sonhava em abrir uma loja de bolos com a irmã, conta que a família ficou sabendo da prisão pela própria Mary, que enviou um áudio via aplicativo de mensagens.
“No domingo passado ela fez contato comigo. Ela me mandou um áudio desesperada falando que tinha sido presa na Tailândia. Pediu para eu ajudar ela de alguma forma, entrar em contato com a embaixada brasileira. Só que eu não tinha noção da dimensão daquilo, não sabia da gravidade. Pra mim, ela estava viajando para Curitiba atrás de algum namorado, estas coisas que os jovens fazem”, relatou Mariana.
Após saber da notícia e as possíveis punições que a filha poderia enfrentar, a mãe das jovens, que luta contra um câncer, precisou ser internada.
“A gente não sabia. Ela trabalhava com carteira assinada em uma churrascaria da cidade. Ela tinha o serviço dela, tudo certinho. A gente não sabe o que levou ela a fazer isso. A gente ficou em estado de choque, estamos desesperados”, disse a irmã.
Segundo Mariana, a família não sabia do envolvimento da irmã com tráfico de drogas. Agora, esperam informações sobre a situação de Mary Hellen.
“A gente quer uma notícia dela, saber como ela está sendo tratada lá. Acho que a família tinha direito de pelo menos saber como ela está. Imagina a gente aqui, uma semana, sem saber o que aconteceu. A gente não sabe nada. Esse crime gravíssimo e as vezes ela não tinha nem consciência do que estava acontecendo. Eu acho que ela não sabia de nada disso, pra mim ela foi enganada, induzida”, disse.
Agora, a família faz uma mobilização nas redes sociais para tentar trazer Mary Hellen para o Brasil, onde preferem que ela seja julgada.
“Queremos uma ajuda, não é possível que não tem nada o que ser feito. Eu mandei um e-mail para o Itamaraty. Eles me retornaram dizendo que tem ciência que a minha irmã estava presa em Bangkok, mas que eles não poderiam contratar um advogado. Eu não sei na verdade como eles podem ajudar. Acho que ninguém tem direito de tirar a vida de ninguém. Pagar com a vida é muito forte, ne? Uma menina de 22 anos é muito jovem”, lamentou.
Via Yahoo Notícias