Polícia

ASSISTA: ‘Ele deu tchau para o meu sofrimento’, diz dona de cachorra abatida por PM

Após receber um vídeo que viralizou no WhatsApp desde a tarde de ontem, mostrando um garoto abraçado a uma cadela da raça pit bull que tem uma marca de tiro na cabeça e está morta, caída em uma poça de sangue, o FOLHA DO SUL ON LINE buscou mais informações sobre o caso.

A reportagem conseguiu conversar com um filho da mulher que gravou o vídeo, e ele explicou que a cachorra foi abatida na segunda-feira, 08, no bairro Nova Brasília, em Ji-Paraná, onde mora a mãe. O entrevistado, porém, não soube dar maiores detalhes do que aconteceu.

O site, então, confirmou com um ex-morador daquela cidade, que a voz que aparece na gravação é da administradora Danielle Lisboa, que foi candidata a deputada federal pelo PSL em 2018, usando o nome de “Danielle Prieto”.

O site G1 publicou reportagem sobre o caso e deu a versão de Danielle, que explicou o que aconteceu: no dia do fato, um policial passou acompanhado de um cachorro, momento em que a Frida, cadela da família, conseguiu escapar por uma brecha nos tapumes que cobrem o muro de sua casa, que está em reforma.

Nas imagens gravadas após o ocorrido, Danielle Lisboa mostra a pitbull no chão e seu filho debruçado sobre o animal chorando, e relata que o animal morreu por conta do tiro disparado pelo PM que está do outro lado da rua. No fim da filmagem ele acena para a câmera.

“Em menos de 15 segundos eu ouço um barulho. Quando eu saí ela estava abatida no chão. Comecei a chorar, achei que era um carro, eu não reconheci o barulho de imediato como tiro, eu nunca tinha ouvido. Achei que era uma batida, uma moto, alguma coisa assim”, relembra.

De acordo com Danielle, pessoas que passavam na rua disseram que a cadela tinha levado um tiro. A morte do animal foi confirmada por uma veterinária.

No boletim de ocorrência, o policial militar alegou que estava fazendo atividades físicas com seu cachorro da raça rottweiler e agiu para se defender. A arma utilizada é de uso pessoal do agente.

Segundo os tutores da Frida, a reação do policial não foi adequada para a situação.

“A minha cadela não é agressiva. Ela não mordeu ele, ela não avançou nele, ela pode ter ido cheirar o cachorro dele como qualquer animal faz. Ele poderia ter gritado, poderia ter chamado o Corpo de Bombeiros dizendo que tinha pitbull solto na rua. Ele podia ter feito tanta coisa. Por que dar um tiro na cabeça?”, questiona Danielle.

A moradora relata que no dia do ocorrido, ela relutou em divulgar o caso para não expor o policial. Mas como ele não retornou ou procurou a família para questionar ou conversar sobre o que aconteceu, ela decidiu publicar.

“Eu pensei e decidi publicar a imagem dele, impassível, dando ‘tchau’ pro meu sofrimento e pro do meu filho. Depois que a polícia sai, ele sai, a vida dele segue em diante e a nossa não”, finaliza.

O portal G1 entrou em contato com a Polícia Militar e também tentou contato com o policial, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.

Fonte: G1/Rondônia

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